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CaixaBI prevê subida de 12,7% nos lucros do BPI em 2016

No acumulado de 2016, o resultado líquido do banco liderado por Fernando Ulrich deverá ter aumentado 12,7%, para 266,4 milhões de euros, estimam os analistas.

O CaixaBI recomenda “acumular” para o BPI, considerando que o foco do banco em 2018 continuará a estar relacionado com a capacidade de capturar sinergias. O banco de investimento não antecipa nenhuma alteração relevante no valor de mercado do BPI, que deverá continuar a beneficiar com um balanço sólido e baixos custos de financiamento, que lhe deverão permitir ser mais agressivo na concessão de crédito aos clientes.
18 de Janeiro de 2017 às 07:45
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Os analistas do CaixaBI prevêem que o resultado líquido do BPI – que apresenta no dia 26 de Janeiro, após o fecho da bolsa, as contas do quarto trimestre de 2016 – tenha caído 2,4%, para 83,3 milhões de euros, face ao período homólogo de 2015. Já relativamente ao trimestre anterior (77 milhões de euros), representará uma subida de 8,2%.

 

Em termos anuais, os lucros deverão ter ascendido a 266,4 milhões de euros, o que constitui um aumento de 12,7% face ao ano de 2015 (236,4 milhões), segundo as projecções do CaixaBI.

 

A justificar esta estimativa está sobretudo o facto de o resultado líquido doméstico continuar a beneficiar da redução de custos dos depósitos a prazo, sublinha a nota de "research" assinada por André Rodrigues.

 

Por seu lado, as receitas totais deverão cifrar-se em 1.231 milhões de euros, contra 1.182 milhões um ano antes.

 

Em matéria de qualidade dos activos, o CaixaBI destaca, nesta nota de análise, que o rácio do crédito em risco deverá fixar-se nos 4,5% (descida de 10 pontos base face ao trimestre anterior) e o rácio de cobertura nos 85% (‘estável’ face ao terceiro trimestre).

 

Já as imparidades no crédito deverão estabelecer-se nos 16,5 milhões de euros no quarto trimestre de 2016, com um custo do risco de crédito de 26 pontos base (22 pontos base para o ano completo).

 

Este "research" sublinha também que o rácio CET 1 no final dos primeiros nove meses do ano passado era de 11% (11,4% no regime phasing in), esperando-se uma "evolução positiva" no último trimestre.

 

O CaixaBI fala ainda sobre Angola e sobre o facto de a 5 de Janeiro o BPI ter concluído a venda - à Unitel de Isabel dos Santos - de uma posição de 2% no Banco Fomento de Angola (BFA), referindo que a conclusão da transacção deverá implicar que o BPI deixe de consolidar o BFA. "Consequentemente, a brecha do forte limite à exposição a Angola será remediada", salienta André Rodrigues.

 

Já no que diz respeito à OPA obrigatória lançada pelos espanhóis do CaixaBank, o CaixaBI recorda que esta foi aprovada ontem e diz que o seu preço-alvo para as acções do banco superam em 15% o preço proposto na oferta dos catalães. "De qualquer das formas, antecipamos o sucesso da actual oferta de 1,134 euros, não antevendo quaisquer mudanças significativas no valor de mercado do BPI nas próximas semanas", destaca a nota de análise.

 

A recomendação para as acções do banco liderado por Fernando Ulrich mantém-se em "acumular" e o preço-alvo também ficou inalterado, nos 1,30 euros – o que confere um potencial valorização de 14,7% face ao fecho da sessão desta terça-feira.

 

As acções do BPI subiram na terça-feira, naquele que foi o primeiro dia da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank. Mesmo assim, o banco fechou 0,1 cêntimos abaixo do preço da operação. As acções encerraram a valer 1,133 euros e o grupo catalão oferece 1,134 euros por cada título.


Negócios resume OPA do CaixaBank sobre BPI
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O Negócios explica a oferta pública de aquisição do CaixaBank sobre o BPI, que já arrancou.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

 

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