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BPI: Vendas da Jerónimo Martins terão subido 6% em 2018 para 17,3 mil milhões

Os analistas do BPI admitem um quarto trimestre "difícil" na Polónia, mas que não terá impedido a Jerónimo Martins de registar uma subida no seu volume de negócios no ano passado para mais de 17 mil milhões de euros.

A dona do Pingo Doce é a quarta cotada do PSI-20 que mais valoriza em 2018, depois de em 2017 já ter registado um desempenho acima da média. Uma prestação que levou a cotação das acções a superar o preço-alvo médio que os analistas atribuem à Jerónimo Martins (16,42 euros). O potencial de queda é assim de 3%, sendo que a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos é das que melhor desempenho apresenta neste período de turbulência nas bolsas.
11 de Janeiro de 2019 às 11:42
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O BPI antecipa que o volume de negócios da Jerónimo Martins terá evoluído de forma positiva no ano passado, apesar do ambiente desafiador no seu principal mercado, a Polónia.

Numa nota a que o Negócios teve acesso, os analistas do BPI estimam que as vendas da retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos tenham aumentado 6%, em 2018, face ao ano anterior, para um total de 17.306 milhões de euros.

Considerando apenas o quarto trimestre do ano passado, o crescimento terá sido de 4% para 4.506 milhões de euros.

Segundo o BPI, o quarto trimestre no maior mercado da Jerónimo Martins, onde a retalhista opera através da Biedronka, terá sido "difícil", tendo em conta "os fortes concorrentes" da empresa. Ainda assim, referem os analistas, "esperamos um resultado resiliente".

"Estamos à espera de um LfL [crescimento das vendas comparáveis] de 1% na Polónia no quarto trimestre, o que poderá ser uma estimativa conservadora considerando a evolução positiva das vendas na área do retalho alimentar em outubro e novembro", explicam.

O mercado de retalho alimentar na Polónia assistiu a um crescimento de 1,7% face ao terceiro trimestre, e o BPI espera também um impacto mais fraco do fecho dos supermercados ao domingo, no quarto trimestre, já que, entre outubro e dezembro, houve cinco dias de proibição, face aos oito do trimestre anterior.

As vendas totais neste mercado terão crescido 2% para 3.032 milhões no último trimestre e 5% no conjunto do ano para 11.664 milhões.

Já no mercado português, o BPI aponta para que o Pingo Doce tenha registado um LfL de 1,5%, e um crescimento de 3% nas vendas totais do quarto trimestre para 1.002 milhões de euros. No que respeita o conjunto do ano, a subida do volume de negócios terá sido de 4% para 3.831 milhões de euros.   

Quanto à Recheio, as estimativas apontam para um LfL de 3,5%, "suportado pelo canal Horeca e o bom momento do consumo interno, que tem ajudado o segmento tradicional".

Por fim, na Colômbia, as vendas terão crescido 49% entre outubro e novembro.

A Jerónimo Martins, que fechou os primeiros nove meses de 2018 com lucros de 292 milhões de euros (uma subida homóloga de 2,4%), revela na próxima segunda-feira, 14 de janeiro, após o fecho do mercado, os dados preliminares das vendas do conjunto do ano passado.

Esta sexta-feira, os títulos sobem 0,47% para 10,73 euros, 32,3% abaixo do preço-alvo atribuído pelo BPI, de 15,85 euros, com a recomendação de "comprar".

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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