Notícia
BPI: Vendas da Jerónimo Martins terão subido 6% em 2018 para 17,3 mil milhões
Os analistas do BPI admitem um quarto trimestre "difícil" na Polónia, mas que não terá impedido a Jerónimo Martins de registar uma subida no seu volume de negócios no ano passado para mais de 17 mil milhões de euros.
O BPI antecipa que o volume de negócios da Jerónimo Martins terá evoluído de forma positiva no ano passado, apesar do ambiente desafiador no seu principal mercado, a Polónia.
Numa nota a que o Negócios teve acesso, os analistas do BPI estimam que as vendas da retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos tenham aumentado 6%, em 2018, face ao ano anterior, para um total de 17.306 milhões de euros.
Considerando apenas o quarto trimestre do ano passado, o crescimento terá sido de 4% para 4.506 milhões de euros.
Segundo o BPI, o quarto trimestre no maior mercado da Jerónimo Martins, onde a retalhista opera através da Biedronka, terá sido "difícil", tendo em conta "os fortes concorrentes" da empresa. Ainda assim, referem os analistas, "esperamos um resultado resiliente".
"Estamos à espera de um LfL [crescimento das vendas comparáveis] de 1% na Polónia no quarto trimestre, o que poderá ser uma estimativa conservadora considerando a evolução positiva das vendas na área do retalho alimentar em outubro e novembro", explicam.
O mercado de retalho alimentar na Polónia assistiu a um crescimento de 1,7% face ao terceiro trimestre, e o BPI espera também um impacto mais fraco do fecho dos supermercados ao domingo, no quarto trimestre, já que, entre outubro e dezembro, houve cinco dias de proibição, face aos oito do trimestre anterior.
As vendas totais neste mercado terão crescido 2% para 3.032 milhões no último trimestre e 5% no conjunto do ano para 11.664 milhões.
Já no mercado português, o BPI aponta para que o Pingo Doce tenha registado um LfL de 1,5%, e um crescimento de 3% nas vendas totais do quarto trimestre para 1.002 milhões de euros. No que respeita o conjunto do ano, a subida do volume de negócios terá sido de 4% para 3.831 milhões de euros.
Quanto à Recheio, as estimativas apontam para um LfL de 3,5%, "suportado pelo canal Horeca e o bom momento do consumo interno, que tem ajudado o segmento tradicional".
Por fim, na Colômbia, as vendas terão crescido 49% entre outubro e novembro.
A Jerónimo Martins, que fechou os primeiros nove meses de 2018 com lucros de 292 milhões de euros (uma subida homóloga de 2,4%), revela na próxima segunda-feira, 14 de janeiro, após o fecho do mercado, os dados preliminares das vendas do conjunto do ano passado.
Esta sexta-feira, os títulos sobem 0,47% para 10,73 euros, 32,3% abaixo do preço-alvo atribuído pelo BPI, de 15,85 euros, com a recomendação de "comprar".
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.