Notícia
BPI revê avaliação de 15 cotadas. Semapa tem o maior potencial e Galp o menor
O CaixaBank BPI reviu as suas estimativas para a Península Ibérica. O banco de investimento melhorou a avaliação de 11 empresas portuguesas e reduziu os preços alvo de três. Houve uma que viu o seu “target” inalterado.
"O Jogo das Tarifas" é o título do relatório do CaixaBank BPI para as estimativas para a Península Ibérica, onde o banco de investimento atualiza as previsões para a economia mas também para as cotadas, estipulando preços alvo para 2020.
Neste relatório o CaixaBank BPI analisa 15 cotadas nacionais, elevando a avaliação de 11 empresas, reduzindo outras três e mantendo uma.
Semapa com margem para duplicar
Os analistas do BPI melhoraram a avaliação para as ações da Semapa em 3,43%, com o target a subir para 25,65 euros. A companhia tem margem para mais que duplicar face à cotação atual, com os analistas a argumentarem que a empresa negoceia a desconto, após a correção de 37% registada nos últimos 12 meses. Os preços resilientes do papel UWF e as perspetivas de crescimento da Secil deverão suportar.
CTT enfrentam desafios, mas recomendação é de “comprar”
A empresa de correios nacional continua a enfrentar desafios, nomeadamente ao nível da regulação e da nova gestão. Ainda assim, os analistas do BPI mantiveram a recomendação de "comprar", devido à "cotação deprimida". O preço alvo baixou de 4,5 para 4,10 euros, um "target" que dá um potencial de subida de 80% aos títulos.
“Verão está a chegar” para a Sonae Capital
A Sonae Capital deverá beneficiar com a venda de ativos no setor imobiliário. Os analistas do CaixaBank/BPI sugerem "comprar" os títulos da companhia, que negoceia com um desconto de 20% face ao mercado. O preço alvo de 1,3 euros incorpora um potencial de subida de 77%.
Navigator mantém potencial
Os analistas acreditam que a Navigator permanece atrativa, apesar da descida dos preços da pasta de eucalipto branqueada. Os preços resilientes do papel UWF e os resultados sólidos justificam as perspetivas positivas para a papeleira. A empresa mantém um potencial de 69% face ao "target". O preço alvo foi mantido em 5,35 euros.
Melhoria do consumo puxa pela Sonae
A Sonae deverá continuar a beneficiar com a retoma do consumo nacional. Os analistas do BPI notam, porém, que a companhia continua a apresentar um desconto de "holding". O preço alvo para a empresa é de 1,35 euros, com uma recomendação de "comprar", o que confere às ações um potencial de valorização superior a 50%.
Mota-Engil de corte na avaliação e recomendação
A Mota-Engil foi uma das empresas que viu o banco de investimento baixar a recomendação (passou de comprar para neutral). Os analistas justificam a decisão com a expectativa de menor atividade na construção na América Latina. A exposição aos emergentes vai continuar em foco. A construtora viu a sua avaliação ser cortada em quase 10%, com o CaixaBank BPI a avaliar a cotada em 2,80 euros, o que ainda assim confere aos títulos um potencial de subida de 45%.
Avaliação do BCP sobe para 34 cêntimos
O BCP foi o título onde a avaliação mais subiu. O CaixaBank/BPI subiu o target em 21% para 34 cêntimos, para refletir o progresso realizado pelo banco ao nível da redução do malparado. Ainda assim, a recomendação permaneceu "neutral".
Altri com margem para subir 35%
O preço alvo da Altri desceu de 8,45 para 8,05 euros, contudo os analistas dizem que a ação está a tornar-se atrativa. A companhia, que tem sido penalizada pela guerra das tarifas, deverá manter a dinâmica de resultados positiva em 2019. O potencial de valorização é de 35%.
Estabilidade e dividendo suportam REN
A REN deverá beneficiar da estabilidade regulatória em Portugal, o desconto com que negoceia e o elevado dividendo, antecipa o CaixaBank/BPI. O banco de investimento tem uma recomendação de "comprar" para a empresa, com um "target" de 3,2 euros. O potencial de subida é superior a 30%.
EDPR na lista de espera para a “core list”
A EDP Renováveis é uma das empresas onde os analistas antecipam ganhos. O potencial de crescimento no plano estratégico para os próximos três anos, alicerçado na rotação de ativos deverá puxar pelos resultados. A empresa está na lista de "runners up" para subir à lista de apostas do BPI. O "target" foi elevado em 9% para 11,55 euros, o que confere às ações um potencial de subida de quase 30%.
Target da Corticeira sobe para 12 euros
Os analistas do BPI acreditam que o potencial de recuperação dos resultados da Corticeira Amorim já está descontado nas cotações. Ainda assim, os analistas melhoraram a avaliação de 11 para 12 euros, mantendo a recomendação de neutral. O novo "target" confere às ações um potencial de subida superior a 17%.
Polónia continua a ser o motor da Jerónimo
A Polónia vai continuar a ser o motor de crescimento da Jerónimo Martins, acreditam os analistas. A retalhista, que se manteve na lista de preferidas para investir na Península Ibérica, deverá continuar a beneficiar com o ambiente de forte consumo polaco, isto numa altura em que o pior já passou no país. Apesar da subida de 33% registada pela empresa em 2019, os analistas acreditam que as ações continuam a negociar em níveis atrativos. O preço-alvo foi elevado em 6,4% para 17,55 euros, 26,5% acima da atual cotação.
Estratégia sólida mantém EDP na "core list"
A EDP também se manteve na "core list" do CaixaBank/BPI. O banco de investimento melhorou a avaliação da elétrica em 6,6% para 4,05 euros, argumentando que o plano estratégico apresentado para o período de 2019 a 2022 traz um crescimento acelerado, sustentado pelas vendas associadas às rotações de ativos. Os rumores de aquisição, o dividendo atrativo e o desconto face ao setor são outros catalisadores. As ações da elétrica liderada por António Mexia contam com um potencial de subida de 24%.
Nos com espaço para melhorar remuneração
A Nos entrou na "core list" do CaixaBank/BPI para a Península Ibérica. A operadora beneficia de um "ambiente competitivo benigno e eficiências" que deverão permitir-lhe melhorar a geração de "cash flow". Os analistas acreditam que a empresa tem condições para propor uma melhoria de remuneração. Por outro lado, um potencial acordo com a Vodafone para partilhar a rede móvel é também apontado como um "catalisador importante". Os analistas avaliam a operadora liderada por Miguel Almeida em 6,75 euros, o que confere às ações um potencial de 21%.
Galp mantém avaliação e tem o menor potencial de subida
Os analistas mantiveram a avaliação da petrolífera em 15,60 euros, bem como a recomendação em "neutral". A Galp continua a ter um potencial de valorização de 16% face à atual cotação, numa altura em que o CaixaBank BPI antecipa uma ligeira queda nos preços do petróleo.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.