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BiG inicia cobertura das ações da Galp e vê potencial de 5%

O banco atribui um preço-alvo de 14,27 euros aos títulos da petrolífera, o que implica um potencial de subida em torno de 5%.

Miguel Baltazar
17 de Outubro de 2019 às 11:15
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O banco BiG iniciou a cobertura das ações da Galp com a recomendação de "manter"e um preço-alvo de 14,27 euros.


Tendo em consideração a cotação de fecho da sessão de ontem (13,55 euros), o "target" atribuído pelos analistas do BiG implica um potencial de valorização de 5,3%.

Na nota de research, os analistas referem que gostam da petrolífera nacional como um "potencial investimento de longo prazo", já que não antecipam ganhos significativos de preço no curto prazo sem um qualquer catalisador, como resultados positivos ao nível da prospeção no Brasil ou uma atualização estratégica.

Por outro lado, os analistas demonstram reservas sobre a evolução dos preços do petróleo em 2020, que deverá ser penalizada pela deterioração do quadro macro a nível global.

"Gostamos da Galp como um potencial investimento a longo prazo. No entanto, mantemos uma perspetiva negativa para os preços do petróleo no próximo ano, baseada na deterioração dos fundamentos macroeconómicos globais (que pesam negativamente na procura) contra uma oferta de petróleo forte", lê-se na nota de análise.

O BiG acrescenta que também não espera "ganhos significativos de preço (no curto prazo) sem alguma forma de catalisador (como resultados positivos na prospeção em Guanxuma ou Uirapuru) ou alguma nova atualização estratégica".

Além disso, os analistas adiantam que a necessidade de investimentos significativos, até 2025, "restringirá a capacidade da Galp de usar o cash flow para os acionistas como uma ferramenta para a valorização do preço das ações". "Acreditamos que o preço atual não é o melhor ponto de entrada para um investimento e preferimos ‘manter’", acrescentam os analistas justificando a recomendação atribuída aos títulos.

O BiG antecipa que os lucros da Galp desçam de 707 milhões de euros, em 2018, para 553 milhões este ano, voltando a subir para 683 milhões em 2020 e 777 milhões em 2021.

As ações da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva sobem 0,48% para 13,615 euros, reduzindo para 1,3% a descida acumulada desde o início do ano. Esta evolução compara com a subida de 5,94% do principal índice nacional em 2019.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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