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BESI: Demissão de Bava é um "revés" para a Oi

Os analistas do BESI dizem-se surpreendidos com o pedido de demissão de Zeinal Bava da presidência da Oi numa altura "tão delicada" para a empresa brasileira. "Divergências estruturais" deverão justificar este desfecho.

08 de Outubro de 2014 às 09:28
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O pedido de demissão de Zeinal Bava da presidência da Oi apanhou de surpresa os analistas da Espírito Santo Research, que não contavam com este desfecho apesar dos rumores que apontavam para a saída do gestor português da companhia brasileira.

 

"Numa altura tão delicada para a Oi, acreditamos que apenas divergências estruturais entre as visões dos principais accionistas da Oi e Zeinal Bava quanto à estratégia para o futuro, nomeadamente nas opções de fusões e aquisições no Brasil, poderiam originar este desfecho", refere a unidade de "research" do BESI.

 

O anúncio da saída de Bava da Oi foi efectuado esta madrugada. "A Oi S.A. ("Oi" ou "Companhia", Bovespa: OIBR3, OIBR4; NYSE: OIBR e OIBR.C), em atendimento ao art. 157, §4º, da Lei nº 6.404/76 e nos termos da Instrução CVM nº 358/02, vem informar aos seus accionistas e ao mercado em geral que o Sr. Zeinal Abedin Mahomed Bava renunciou nesta data ao cargo de Diretor Presidente da Companhia", indica um comunicado emitido junto do regulador brasileiro.

 

"Vemos esta notícia como surpreendente", salientam Nuno Matias e Miguel Borrega. Os analistas da unidade de "research" do BESI lembram que a Oi está a analisar a venda de activos não estratégicos e vários cenários de consolidação no mercado brasileiro, tendo já admitido o interesse na compra da Tim.

 

Além disso, a "Oi está ainda num processo de recuperação, pelo que a saída do CEO, que tem sido visto como uma figura chave neste processo, é um revés para a empresa", acrescenta o BESI.

 

Os analistas do banco assinalam que a imprensa tem dado conta que a relação entre Zeinal Bava e alguns accionistas da Oi se deteriorou devido ao investimento da Portugal Telecom em papel comercial da Rio Forte, que não foi reembolsado, o que também poderá explicar a saída do CEO da Oi. "Ainda assim, achamos que é estranho que só agora estes eventos [relacionados com o investimento na Rio Forte] tenham espoletado esta demissão", referem os analistas.

 

Depois de uma abertura em queda, as acções da Portugal Telecom seguem a valorizar 1,4% para 1,67 euros.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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