Segundo um estudo da Morgan Stanley Dean Witter (MSDW), o processo de fusão entre o Banco Português de Investimento e o Banco Espírito Santo possibilitará gerar sinergias de 114,7 milhões de euros (23 milhões de contos) até ao ano 2002. No entanto, 20% das sinergias serão já verificadas no ano 2000, enquanto 65% serão registadas no ano 2001, tendo previsto atingir os 100% no ano 2002.

O BES.BPI será o sexto maior banco por activos, na Península Ibérica, e o quinto em termos de capitalização bolsista, com uma quota de mercado estimada em 23%. O processo de fusão entre os dois bancos possibilitará apenas à Caixa Geral de Depósitos (CGD) superar o BES.BPI.

Os analistas são de opinião que os papéis das duas instituições transaccionam a desconto na Península Ibérica, com um risco baixo, tal como o Banco Popular. Os especialistas mantêm a recomendação de «neutral» para as duas instituições financeiras.

Concluída a operação, os accionistas do Banco Espírito Santo (BES) e do Banco Português de Investimento (BPI) terão 59% e 41%, respectivamente, da nova instituição bancária. A operação causará impactos económicos a partir do dia 1 de Julho deste ano. Depois da fusão, a nova estrutura do BES.BPI será detida pela família Espírito Santo em 15%, pelo Crédit Agricole em 12%, La Caixa, Allianz e o Banco Itaú terão 5%, ficando a Caixa Geral de Depósitos (CGD) com cerca de 1% a 2%.

As acções do BES transaccionavam, às 12h37, nos 27,1 euros (5.433 escudos), que corresponde a uma valorização de 0,04%, enquanto o BPI cotava nos 3,97 euros (795 escudos), traduzindo uma subida de 0,51%.

BES.BPI	2000	2001
Price Target	4,4	-
Cap. Bolsista	6,064	-
EPS	0,26	0,29
PER	17,2	14,9
ROE	-	19

Nota: Valores do «price target» em euros, capitalização bolsista em mil milhões de euros, resultado líquido por acção (EPS) em euros e rendibilidade dos capitais próprios (ROE) em percentagem.