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Autonomous recomenda comprar acções do BCP e vender do BPI

A casa de investimento acredita, contudo, que a compra do Novo Banco pelo BPI seria "um negócio de transformação positiva" para o banco e um dos principais riscos "para a nossa recomendação de venda para as acções".

Sara Matos/Negócios
17 de Dezembro de 2014 às 11:17
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A Autonomous iniciou a cobertura do BCP e do BPI com recomendação de "outperform" (que significa comprar) para as acções do primeiro, e de "underperform" (que significa vender) para os títulos da instituição liderada por Fernando Ulrich.

 

A firma de "research" britânica atribui um preço-alvo de 10 cêntimos às acções do BCP, implicando um potencial de valorização de 40,8%, tendo em conta a cotação actual de 7,1 cêntimos. Uma decisão que a Autonomous justifica com a crença de que o banco "vai melhorar significativamente a sua rentabilidade doméstica".

 

Os analistas antecipam uma melhoria das margens, devido à queda dos custos de financiamento, o que, em conjunto com uma eficiente estrutura de custos e com a normalização gradual do provisionamento de riscos, levará as operações domésticas a contribuir para a geração de capital no BCP.

 

Já às acções do BPI, a equipa de analistas liderada por Damien Souchet atribui um preço-alvo de 1,34 euros o que, tendo em conta a actual cotação (1,166 euros) tem implícito um potencial de valorização de 14,9%.

 

"No caso do BPI, acreditamos que é um caso português de "baixo risco/baixo retorno" e estamos cautelosos em relação à sua exposição angolana", justifica a casa de investimento. "Devido ao seu baixo nível de provisionamento de risco, pensamos que o BPI não vai beneficiar tanto da recuperação portuguesa".

 

Sobre a possibilidade de o BPI adquirir o Novo Banco, a Autonomous considera que seria "um negócio de transformação positiva para o BPI e um dos principais riscos para a nossa recomendação de venda para as acções". "No entanto, acreditamos que a viabilidade do negócio está limitada pelo seu tamanho", acrescentam.

 

Em relação à economia portuguesa, a casa de investimento acredita que a recuperação "continua a ser um desafio", mas já "está a caminho". "Também vemos o país como um ‘porto seguro’ em termos políticos na periferia", concluem. 

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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