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Wall Street sobe a apostar em Biden. Desde julho que Dow não fechava a subir mais de 2%
As bolsas do outro lado do Atlântico fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva, continuando a ser sustentadas pela perspetiva de que o próximo presidente dos EUA será o democrata Joe Biden.
O Dow Jones encerrou a ganhar 2,06% para 27.480,03 pontos. Desde a sessão de 14 de julho passado que não fechava com uma subida superior a 2%.
Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 avançou 1,78% para 3.369,16 pontos e marcou o maior ganho de dois dias consecutivos desde junho.
Já o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 1,85% para 11.160,57 pontos.
As eleições presidenciais norte-americanas concentraram as atenções dos investidores, que acreditam numa "onda azul" (cor do Partido Democrata) – isto é, a expectativa de que Joe Biden irá conquistar a presidência e de que os democratas vão manter também o controlo da Câmara dos Representantes e conseguir recuperar a maioria no Senado.
Biden tem vantagem sobre o atual presidente republicano, Donald Trump, mas o eleitorado polarizado, o aumento das infeções por covid-19, as tentativas de supressão eleitoral [convencendo os eleitores a não votar] e o recorde dos votos por correspondência tornam os resultados incertos, o que tem deixado os mercados receosos.
Embora as bolsas normalmente favoreçam as políticas republicanas, os investidores estão ansiosos por mais estímulos orçamentais à economia – que está uma vez mais a ser fortemente penalizada pela escalada de novos casos de covid-19.
Os investidores consideram que se os democratas "ficarem com tudo" (Senado e Câmara dos Representantes, além da Casa Branca), há maiores probabilidades de ser aprovado no inverno um novo pacote alargado de estímulos num valor superior a dois biliões de dólares. O que compensa a igual possibilidade de com Biden haver um aumento de impostos para as empresas – o que penaliza as ações.
Uma vitória de Biden também é provável que signifique menos manchetes suscetíveis de criarem incerteza nas bolsas, acreditam os investidores citados pela CNN Business.
Além disso, refere a Bloomberg, existe a convicção de que com Biden na presidência haverá um aumento dos gastos a nível federal.