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Wall Street regressa às quedas e volatilidade veio para ficar

As fortes quedas deixaram as bolsas norte-americanas, mas a volatilidade veio para ficar. No final da sessão os índices estavam com sinal vermelho, mas as descidas foram ligeiras.

EPA
07 de Fevereiro de 2018 às 21:20
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Numa sessão que voltou a ser marcada sobretudo pela volatilidade, as acções norte-americanas fecharam em queda ligeira, penalizadas pela queda do petróleo e alta das "yields" das obrigações.

 

O Dow Jones fechou a cair 0,08% para 24.893,63 pontos. Ao longo da sessão, o índice oscilou entre uma descida de 0,51% e uma alta de 1,53%, numa amplitude de mais de 500 pontos.

 

O Nasdaq foi o mais penalizado e no final da sessão marcava uma queda de 0,90% para 7.051,984 pontos. O S&P500 cedeu 0,5% para 2.681,66 pontos.

 

Estas variações mais modestas no fecho escondem uma forte volatilidade durante a sessão, com os índices a registarem oscilações bruscas e a mudarem de direcção repentinamente. Na segunda-feira o Dow Jones perdeu mais de mil pontos (a maior queda de sempre em pontos), na pior sessão desde 2011. Ontem recuperou mais de 2%, o que representou o ganho mais acentuado em 15 meses.

 

Os analistas acreditam que esta foi uma correcção saudável nas bolsas, mas salientam que os próximos tempos deverão ser marcadas pela volatilidade elevada. "Serão necessários vários dias para o mercado encontrar um equilíbrio e um patamar claro", disse à Reuters Quincy Krosby, chief market strategist da Prudential Financial.

 

A condicionar a sessão em Wall Street esteve uma nova subida acentuada nas "yields" das obrigações soberanas dos Estados Unidos. Os juros dos títulos avançaram 4 pontos base para2,84%, ficando assim perto dos máximos de quatro anos fixados na semana passada. Foi precisamente a alta dos juros das obrigações e a perspectiva de agravamento mais rápido das taxas de juro da Fed que contribuíram para a desvalorização das acções na semana passada.

 

Esta alta nos juros das obrigações aconteceu depois de Charles Evans, presidente da Fed de Chicago, ter adiantado que a subida da inflação poderá levar o banco central aumentar os juros.

 

As cotadas do sector energético foram as que mais pressionaram os índices, acompanhando a tendência do petróleo, que desvaloriza mais de 2% em Nova Iorque devido aos sinais de novo aumento da produção da matéria-prima. A Exxon Mobil desvalorizou 1,47% e a Chevron recua 1,3%.  

 

As tecnológicas também fecharam com sinal negativo, com a Apple a sofrer mesmo a queda mais acentuada entre as cotadas do Dow Jones (-1,94%).

A Snap destacou-se pela positiva, com uma subida de 47,63%. Após o fecho da sessão de ontem, a Snap revelou que as suas receitas aumentaram 72% no quarto trimestre de 2017 para 285,7 milhões de dólares, um valor acima das estimativas dos analistas, que antecipavam um total de 252,8 milhões de dólares.

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