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Wall Street recupera pela segunda sessão com Fed à porta

As acções norte-americanas estão a subir enquanto os investidores aguardam a decisão da Reserva Federal relativa aos juros. O consenso é de que haverá uma nova subida, mas com o sinal de que 2019 terá menos aumentos face ao esperado.

Reuters
19 de Dezembro de 2018 às 14:43
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Wall Street abriu em alta esta quarta-feira, 19 de Dezembro, recuperando pela segunda sessão consecutiva depois de ter atingido mínimos do ano e ter estado a caminho do pior Dezembro desde 1931, um dos anos da grande depressão. Na Europa, as bolsas também estão a valorizar.

O índice industrial Dow Jones sobe 0,03% para 23.683,11 pontos, o tecnológico Nasdaq soma 0,12% para 6.792,66 pontos. Já o S&P500, que tocou em mínimos de Outubro de 2017, valoriza 0,13% para 2.549,13 pontos.

O pessimismo à volta do crescimento económico dos próximos anos e o conflito comercial entre os EUA e a China pesou nos últimos dias, afastando os investidores dos activos com maior risco, mas essa tendência está a abrandar. Hoje a sessão ficará marcada pela decisão da Fed de subir os juros pela quarta vez este ano.

Essa hipótese é dada como quase certa pelos investidores, mas caso aconteça será uma das raras vezes em que a Reserva Federal aumenta os juros numa altura em que as bolsas estão a cair de forma significativa.

Contudo, o presidente da Fed, Jerome Powell, poderá sinalizar que as subidas vão entrar em modo de pausa no próximo ano, acalmando os mercados. Neste momento, a expectativa é que haja apenas um aumento em 2019, sendo que há não muito tempo a perspectiva era de três.

"A volatilidade do mercado financeiro, as expectativas baixas face à inflação e os dados da desaceleração do crescimento irão contribuir para produzir uma 'dovish hike' em Dezembro", escreve o BNP Paribas, citado pela Reuters. Por "dovish hike" entende-se uma subida dos juros ténue seguido de um sinal de que as subidas vão ser contidas num futuro próximo.

Atento aos passos de Jerome Powell está Donald Trump que ontem voltou a criticar a Fed no Twitter. "Não tornem o mercado mais ilíquido do que está já", escreveu, referindo que a Reserva Federal iria cometer "outro erro" ao aumentar os juros. O presidente dos Estados Unidos pediu à Fed que "sinta o mercado" e aconselhou a não ir "apenas pelos números que nada significam". 

Em antecipação da decisão da Fed, o índice da Bloomberg para o dólar está a registar uma queda de 0,3%.

Entre as cotadas, uma das maiores quedas da sessão está a ser protagonizada pela FedEx. A empresa norte-americana de logística e entregas baixou as previsões para 2019. Uma decisão justificada pela "desaceleração corrente" do crescimento mundial. As acções estão a cair mais de 7%.

Já as acções da General Electric estão a subir quase 6% depois da Bloomberg ter revelado que a empresa vai avançar com o OPV (Oferta Pública de Venda) da sua unidade de cuidados de saúde. 

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