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Wall Street no verde em contagem decrescente para reunião Trump-Xi
As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em alta, animadas pela perspetiva de que da reunião entre Trump e Xi saia o compromisso de as duas maiores economias do mundo regressarem à mesa das negociações na frente comercial.
Os índices de Wall Street travaram quatro dias de perdas e terminaram a sessão em terreno positivo, com exceção do Dow Jones. Apesar da incerteza gerada pelas tensões comerciais e geopolíticas, a esperança de uma nova ronda de conversações entre Washington e Pequim melhorou o sentimento dos investidores.
O Standard & Poor’s 500 encerrou a somar 0,38% para 2.924,92 pontos e está a caminho do seu melhor mês desde janeiro, recuperando da derrocada de maio e acumulando já um ganho de 3% no trimestre.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite registou nesta quinta-feira uma valorização de 0,73% para 7.967,76 pontos.
Já o Dow Jones oscilou entre subidas e descidas ligeiras, tendo acabado por fechar com um recuo muito marginal, a ceder 0,04% para 26.526,58 pontos.
O Dow conseguiu, perto do final da sessão, recuperar das perdas decorrentes do mau desempenho da Boeing. No entanto, foi sol de pouca dura e não conseguiu manter o fôlego no encerramento da negociação.
O índice industrial esteve a ser penalizado pela má performance da construtora aeronáutica, que se tem visto a braços com uma crise devido aos seus aviões 737 Max, que eram os mais vendidos.
Esta gama esteve envolvida em duas quedas recentes de aviões e desde então tem estado "em terra". Recebeu agora um sistema computorizado atualizado mas foi descoberta uma nova falha enquanto o novo sistema estava a ser testado nos simuladores de voo.
As ações da Boeing encerraram a perder 2,97% para 364,02 dólares, tendo sido a cotada por pior desempenho do Dow Jones.
Os ganhos da Walgreen Boots Alliance ajudaram a compensar as perdas da Boeing mas não conseguiram colocar o Dow Jones no verde.
A contribuir para um otimismo mais generalizado em Wall Street esteve a expectativa em torno do encontro agendado entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping. Os responsáveis vão encontrar-se no sábado às 11:30 (hora local em Osaka, 3:30 da madrugada em Lisboa), à margem da cimeira do G20 que começa esta sexta-feira, tendo sido criadas expectativas sobre o desfecho deste encontro.
"A mensagem que queremos ouvir é a de que os chineses querem regressar à mesa das negociações", declarou ontem o secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin.