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Wall Street fecha no vermelho com derrocada no petróleo
As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em terreno negativo, pressionada por um selloff histórico no mercado petrolífero que levou as cotações do crude dos EUA para valores negativos, algo nunca visto.
O Dow Jones fechou a ceder 2,44% para 23.650,44 pontos, naquela que foi a sua pior sessão desde 1 de abril.
Já o Standard & Poor’s 500 recuou 1,79% para 2.823,16 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite caiu 1,03% para se fixar nos 8.560,63 pontos.
Os preços dos futuros do crude norte-americano (WTI) para entrega em Maio entraram pela primeira vez na sua história em território negativo (chegou a negociar em -40 dólares por barril), numa altura em que a procura por esta matéria-prima continua diminuta e a capacidade de armazenamento nos EUA está a chegar ao seu limite.
O facto de os contratos de maio vencerem amanhã levou ao fecho de muitas posições, com os operadores a preferirem prazos mais longos, o que ajudou a afundar os preços.
As cotadas da produção petrolífera foram, assim, as mais castigadas na sessão desta terça-feira em Wall Street.
Em contraste, as empresas que são donas de superpetroleiros – que estão a encher-se de crude à conta da falta de espaço em terra para o armazenar – ganharam bastante terreno, com a Frontline a escalar 15% e a Teekay, a Scorpio Tankers e a Nordic American Tankers a dispararem em torno de 20%.