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Wall Street fecha mista em sessão volátil marcada pela banca

O mercado da dívida brilhou nos EUA, tendo a "yield" das obrigações norte-americanas a dois anos aliviado como não era visto desde 19 de outubro de 1987. Já Wall Street fechou mista.

A onda de despedimentos do Goldman Sachs foi a mais mediática: a instituição financeira deu 30 minutos aos trabalhadores para arrumarem as suas coisas e abandonarem a empresa.
Lucas Jackson/Reuters
13 de Março de 2023 às 20:31
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O colapso do SVB Financial, do qual faz parte o Silicon Valley Bank (SVB), a par do fim das operações do Silvergate e do Signature Bank, geraram uma corrida à dívida norte-americana. Já Wall Street fechou mista, depois de começar as negociações no vermelho. 

O industrial Dow Jones caiu 0,28% para 31.819,14 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) deslizou 0,15% para 3.855,76 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite somou 0,45% para 11.188,84 pontos. 

 

Os investidores do mercado acionista foram animados pelo "mal que veio por bem", a previsão do Goldman Sachs que aponta para que que a Reserva Federal norte-americana (Fed) pause o ciclo de subidas das taxas de juro na próxima semana, devido à incerteza em torno do colapso do Silicon Valley Bank.

 

O mercado esteve a ser ainda animado pela notícia de que algumas startups parecem já ter começado a ter acesso aos saldos das suas contas no SVB e após as autoridades norte-americanas terem anunciado medidas para garantir a estabilidade do mercado financeiro - e também depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já ter assegurado que "os depósitos vão estar disponíveis e os salários dos trabalhadores destas empresas vão ser garantidos".

 

Entre os ganhos, destaque para as ações da Seagen, que fecharam a sessão a escalar 14,51%, alcançando máximos de dezembro de 2020, após a notícia de que a empresa foi comprada pela Pfizer. Já a farmacêutica liderada por Albert Bourla viu as ações subirem 1,19%.

 

Por outro lado, os setores da banca e serviços financeiros comandaram as perdas, renovando mínimos de outubro do ano passado. O A liderar as quedas no S&P 500 esteve o First Republic Bank, congénere californiano do SVB, o qual registou o pior dia de sempre, ao tombar 61,75%, tendo chegado a afundar mais de 65%. As ações terminaram o dia nos 31,21dólares, em mínimos do verão de 2012.

 

No mercado da dívida, a "yield" das obrigações a dois anos recuou mais de 60 pontos base, caindo abaixo do patamar dos 4%, naquele que foi o maior alívio diário desde a "segunda-feira negra" de 19 de outubro de 1987 - em que as principais praças mundiais registaram quedas avassaladoras, enquanto decorria uma corrida ao mercado obrigacionista como ativo refúgio.

 

Por sua vez, os juros da dívida norte-americana a dez anos aliviaram 17,5 pontos base para 3,524%, caindo para mínimos de seis semanas.

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