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Wall Street fecha em baixa depois de ir a recordes
As bolsas norte-americanas terminaram a sessão no vermelho, com os investidores desanimados com o facto de o número de contratações nos EUA em dezembro ter sido menor do que o esperado.
O Dow Jones encerrou a recuar 0,46% para 28.823,77 pontos – isto depois de ter estabelecido o valor mais alto de sempre durante a sessão (a superar mais um mítico patamar, o dos 29.000 pontos), ao atingir os 29.009,07 pontos.
O presidente Donald Trump escreveu no Twitter que o Dow já subiu 11.000 pontos desde a sua eleição, acrescentando que "o melhor está para vir".
Entre as eleições de novembro de 2016 e o máximo atingido na sessão de hoje, o índice industrial somou 10.676 pontos.
“11,000 points gained in the Dow in the 3 years since the Election of President Trump. Today it may hit 29,000. That has NEVER happened before in that time frame. That has added 12.8 Trillion Dollars to the VALUE of American Business.” @Varneyco @FoxNews The best is yet to come!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 10, 2020
Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 terminou a jornada a ceder 0,29% para 3.265,35 pontos, depois de ter fixado na negociação intradiária um novo recorde – nos 3.282,99 pontos.
Também o tecnológico Nasdaq Composite inverteu para a baixa, a desvalorizar 0,27% para 9.178,86 pontos, após ter marcado durante o dia um novo máximo histórico nos 9.235,20 pontos.
Os índices abriram em alta e chegaram a níveis nunca antes alcançados, muito à conta do alívio com o facto de o conflito entre os EUA e o Irão não ter escalado – o que fez com que regressasse aos mercados o apetite pelo risco.
Além disso, na próxima semana os EUA e a China formalizam a assinatura do acordo comercial de "fase 1" e divulgam-no na íntegra, o que também animou as bolsas.
Mas este fôlego acabou por se perder e Wall Street fechou no vermelho, numa altura em que os investidores optaram por digerir com maior prudência os últimos desenvolvimentos. Além disso, os dados do mercado laboral suscitaram sentimentos mistos.
As empresas norte-americanas criaram 145.000 postos de trabalho em dezembro e o desemprego manteve-se num mínimo de 50 anos, nos 3,5%, registando assim o 10.º ano consecutivo de subida do emprego no país.
No entanto, os economistas inquiridos pelo The Wall Street apontavam para mais 160.000 contratações, pelo que estes números acabaram por desiludir. Além disso, o crescimento salarial foi o mais baixo em mais de um ano.