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Wall Street em forte queda após maus resultados e ameaças de Trump à China

Os índices norte-americanos fecharam a sessão com quedas em torno de 3%.

Reuters
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Após o melhor mês em várias décadas, Wall Street começou o mês de maio com o pé esquerdo, com os principais índices acionistas a marcarem perdas torno de 3% devido aos resultados da Amazon, da Apple, Exxon Mobil e outras companhias e também às declarações do presidente dos Estados Unidos sobre tarifas aos produtos chineses.

 

O índice industrial Dow Jones fechou a cair 2,56% para 23.723,69 pontos e o tecnológico Nasdaq afundou 3,2% para 8.604,9 pontos. O S&P500 desvalorizou 2,8%.

Esta queda surge depois de ontem os principais índices terem disparado em abril. O Dow disparou 11,1% e o S&P 500 escalou 12,7%, que foram os melhores ganhos mensais desde janeiro de 1987, ou seja, em mais de 33 anos. Já o Nasdaq ganhou 15,4% em abril, a sua melhor performance mensal em 20 anos - desde junho de 2000.

 

O sentimento inverteu-se no arranque de maio devido sobretudo às mensagens de cautela transmitidas ontem pelas gigantes tecnológicas Apple e Amazon sobre a forma como a pandemia do novo coronavírus vai afetar os seus negócios.

 

A Amazon afundou 7,6% para 2.386,04 dólares, depois de ter revelado que registou lucros de 2.535 milhões de dólares (2.314 milhões de euros) no primeiro trimestre do ano fiscal, menos 29% que em igual período do ano anterior.

 

A Apple perdeu 1,61% para 291,042 dólares, depois de ter revelado ontem que fechou o seu segundo trimestre fiscal com lucros de 11,24 mil milhões de dólares, ou 2,55 dólares por ação, acima da média de 2,26 dólares prevista pelo consenso do mercado.

A Exxon Mobil afundou 7,17% para 43,14 dólares depois de ter anunciado os primeiros prejuízos dos últimos 32 anos.

 

A Tesla também registou um dia de quedas acentuadas, reagindo de forma negativa aos tweets do CEO da companhia. Elon Musk escreveu que as ações da companhia estão "muito altas", levando os títulos da fabricante de automóveis elétricos a afundar 10,3% para 701,32 dólares.

 

O sentimento negativo nos mercados agravou-se depois de Trump ter ameaçado reatar a guerra de tarifas com a China, numa altura em que a economia mundial está praticamente paralisada.

Em resposta a uma pergunta sobre se planeava cancelar parte das suas obrigações de dívida com o Governo chinês, o presidente norte-americano expressou: "Podemos fazer isso com tarifas ou de outras formas".

Donald Trump afirmou que a China podia ter contido a covid-19, mas deixou que a doença se propagasse, assegurando ter visto provas de que o vírus foi criado num laboratório de Wuhan, cidade do centro da China onde o novo coronavírus foi detetado no final de dezembro.

"Eles [a China] são uma nação brilhante, cientificamente e em outras coisas. Podiam tê-lo guardado ou parado [o surto do novo coronavírus], mas não o fizeram", frisou Trump, em conferência de imprensa.

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