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Wall Street dispara mais de 3% com desistência de Sanders a impulsionar

As bolsas do outro lado do Atlântico ganharam terreno na sessão desta quarta-feira, sustentadas sobretudo pela desistência de Bernie Sanders à corrida presidencial. Mas amanhã chegam novos dados dos pedidos de subsídio de desemprego e o otimismo pode desaparecer.

Reuters
08 de Abril de 2020 às 21:04
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O Dow Jones encerrou a somar 3,44% para 23.433,57 pontos, conseguindo assim regressar ao patamar dos 23.000 pontos - nível onde já não se situava há quase um mês (desde 13 de março, quando encerrou a somar 9,36% para 23.185,62 pontos).

A CNN mostra, num gráfico, a verdadeira montanha-russa vivida pelo Dow Jones (movimento em que foi acompanhada pelos restantes grandes índices de Wall Street) desde o início do surto nos Estados Unidos, tendo em muitas sessões oscilado (para cima ou para baixo) mais de mil pontos:


Já o tecnológico Nasdaq Composite ganhou hoje 2,58% para se fixar nos 8.090,90 pontos - depois de ter ensaiado algumas vezes o retorno à fasquia dos 8.000 pontos, hoje foi o dia.

 

Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 avançou 3,41% para 2.749,98 pontos, estando assim agora a subir 23% face ao seu mínimo de 23 de março. Mas há quem não considere que isto seja o fim do "bear market" deste índice.

 

"As escaladas dentro de um mercado urso são situações que se observam antes de os mercados começarem a recuperar", comentou à CNN Business uma estratega de mercados globais do JP Morgan Asset Management, Samantha Azzarello.

 

No auge da crise financeira de 2008, houve 11 ‘rallies’ antes de o mercado tocar no fundo e retomar em pleno a sua recuperação – em março de 2009, referiu a mesma analista.

 

"Temos de internalizar o quão negativos vão ser os dados no segundo trimestre. O mercado poderá voltar a cair quando os dados surpreenderem ainda mais pelo lado negativo", acrescentou.

 

Os primeiros dados desde que o surto de covid-19 chegou aos EUA não são risonhos: perto de 10 milhões de pessoas pediram subsídio de desemprego nas duas últimas semanas de março.

E amanhã espera-se que os novos pedidos de subsídio de desemprego que deram entrada na semana passada tenham ascendido a mais 5 milhões – o que totalizará 15 milhões de pessoas em apenas três semanas.

São cada vez mais os analistas que vêm dizer que o movimento de queda ainda não parou e que os mínimos podem voltar a ser testados, pelo que se poderá estar perante uma segunda fase técnica do "bear market".

 

Ontem, também os estrategas do Citigroup se mostraram cautelosos, tendo dito à CNN Business que a questão mais importante sobre qualquer movimento de subida neste momento em Wall Street diz respeito à sua duração.

 

"Embora as notícias mais recentes sobre o coronavírus sejam de alguma forma encorajadoras, é difícil dizer que já estamos livres de apuros", referiram.

 

A subida observada hoje deveu-se essencialmente ao anúncio de que Bernie Sanders desistiu da corrida às presidenciais de Novembro nos EUA.

 

O senador pelo estado de Vermont decidiu suspender a sua nomeação como candidato democrata e as bolsas do norte-americanas capitalizaram este anúncio, uma vez que Sanders é visto como um candidato "menos amigo dos mercados".

 

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