Notícia
Wall Street à procura de rumo enquanto avalia sinais dos bancos centrais
As bolsas norte-americanas fecharam no vermelho, numa sessão de grande volatilidade em que foi difícil encontrar uma direção clara.
Os principais índices bolsistas do outro lado do Atlântico encerraram em terreno ligeiramente negativo, com exceção do Dow, numa sessão em que o mercado teve dificuldade em encontrar uma direção clara, com os operadores a avaliarem os comentários dos líderes dos bancos centrais sobre as perspetivas para a economia e para as taxas de juro.
Até aos últimos minutos de negociação, foi difícil perceber com que tendência iriam fechar as bolsas, que oscilaram entre ganhos e perdas sem grande expressão.
O índice industrial Dow Jones conseguiu aguentar-se à tona, mas com uma subida ligeira: fechou a somar 0,27% para 31.029,31 pontos.
Já o Standard & Poor’s 500 deslizou 0,07% para 3.818,83 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite finalizou quase na linha de água, ao ceder 0,03%, fixando-se nos 11.177,89 pontos.
O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, disse hoje – no painel de governadores no âmbito do Fórum do BCE que termina esta quarta-feira em Sintra – que os EUA estão em "forte forma" e "bem posicionados para aguentar uma política monetária mais apertada".
Powell reiterou o seu compromisso de fazer baixar a inflação, acrescentando que o processo deverá causar alguma "dor".
A reconstituição trimestral das carteiras de ativos também contribuiu para a volatilidade ao longo da sessão em Wall Street.
Este ano, a volatilidade tem sido uma constante nos mercados, devido aos receios de que uma Fed mais dura possa fazer mergulhar a economia numa recessão.
O S&P 500 está a caminho do seu pior trimestre desde março de 2020 – quando a pandemia começou a fazer-se sentir.
A Fed esteve muito tempo em negação relativamente à inflação, considerando-a temporária, pelo que demorou na tomada de medidas para combater a subida dos preços. E isso, sublinhou à Bloomberg o estratega Rob Arnott da Research Affiliates, colocou os EUA na trajetória de criação de uma recessão.