Notícia
Wall Street à espera do embate do Irma
O furacão Irma, que se aproxima da Florida e que já fez grandes estragos à sua passagem por outras regiões, manteve os investidores atentos e receosos. Além disso, a "ameaça Pyongyang" continuou a pairar. Motivos suficientes para que Wall Street se mantivesse sem direcção definida.
O Dow Jones encerrou a sessão desta sexta-feira a somar muito ligeiramente, com um ganho de 0,06% para 21.798,28 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 0,15% para 2.461,43 pontos.
Por seu lado, o índice tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 0,59% para 6.360,19 pontos.
As bolsas do outro lado do Atlântico registaram assim uma tendência mista, mas sem oscilações expressivas.
Os investidores aguardam para ver os estragos que provocará o furacão Irma, que deverá passar na Florida amanhã. Além disso, duas outras tempestades que se formaram também no Atlântico já evoluíram igualmente para furacões, o José e a Katia, o que traz ainda mais receios. E já está em formação uma quarta ameaça, de nome Lee.
No plano geopolítico, espera-se que Pyongyang proceda ao lançamento de um míssil balístico no sábado, o agravou o clima de incerteza junto dos investidores, que estão a preferir apostar nos chamados valores-refúgio, como o ouro. O mercado aponta para que o míssil seja testado no sábado por coincidir com o seu "dia da fundação".
No campo da política monetária, os investidores gostaram na quarta-feira da divulgação do Livro Bege da Fed, que deu conta de que a economia nos EUA cresceu a um ritmo modesto a moderado nos últimos dois meses. No entanto, a baixa inflação continua a ser motivo de preocupação, estando assim ainda em aberto a probabilidade de o banco central norte-americano subir ou não juros na reunião dos dias 19 e 20 deste mês.
Outro factor com que a Fed tem de lidar prende-se com a demissão do seu vice-presidente, Stanley Fischer, anunciada também na quarta-feira. A sua saída ficará efectivada no próximo mês, após três anos no banco central.
Ainda relativamente à Fed, algumas fontes avançaram à Bloomberg que a Casa Branca está a avaliar pelo menos seis candidatos para substituírem Janet Yellen na presidência no final de Janeiro do próximo ano.