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Uma acção da empresa de Buffett já custa mais de 250 mil dólares  

As acções da Berkshire Hathaway quebraram a marca histórica dos 250 mil dólares.

Warren Buffett
Reuters
Nuno Carregueiro nc@negocios.pt 15 de Fevereiro de 2017 às 10:24

Na bolsa portuguesa são várias as acções que apresentam uma cotação abaixo de 1 euro e poucas as que negoceiam acima de 10 euros. A Jerónimo Martins, que negoceia acima dos 16 euros, é a que apresenta a cotação mais elevada.

 

Em Wall Street também há muitas "penny stocks", mas igualmente acções que negoceiam com valores bem elevados. A mais conhecida será talvez a Berkshire Hathaway, que só admite accionistas com muito dinheiro para investir.

 

E é preciso cada vez mais dinheiro para ser um accionista com direito de voto da empresa do famoso investidor Warren Buffett. As acções de Classe A atingiram ontem um novo máximo histórico, quebrando a fasquia dos 250 mil dólares (235 mil euros). A subida de pouco mais de 1% corresponde um ganho de mais de 2 mil dólares.

 

Para ilustrar o esforço financeiro que é necessário para ser accionista de "elite" da Berkshire, o Financial Times salienta que é equivalente à aquisição de um apartamento T4 no Omaha, Nebraska, a cidade Natal de Buffett. Por 250 mil dólares pode também comprar um Bentley Continental GT V8 S.

 

Na bolsa nacional, tendo em conta as cotações actuais, uma acção da Bekshire equivale à compra de 1.609.589 acções do BCP, ou de 14.542 títulos da Jerónimo Martins.

 

Grande parte dos detentores de acções de "classe A" são accionistas da Berkshire há muito anos. Buffett já explicou que o preço é propositadamente elevado pois vê os accionistas como "parceiros", que compram numa perspectiva de longo prazo.

 

Quem não tem capacidade para comprar acções com direito de voto, tem disponíveis as acções de Classe B, que também atingiram um recorde nos 166,95 dólares. Uma prestação que levou o valor de mercado da Berkshire Hathaway para 412 mil milhões de dólares, um dos mais elevados entre as principais cotadas mundiais.  

 

Desde a vitória de Donald Trump nas eleições de Novembro, a Berkshire já valoriza mais de 13%, em linha com o comportamento das cotadas do sector financeiro, que tem sido dos mais beneficiados com as propostas do presidente dos Estados Unidos.

 

Buffett, que foi um apoiante de Clinton, afirmou mesmo antes das eleições que qualquer que fosse o próximo presidente dos Estados Unidos, a economia norte-americana iria ter um comportamento positivo. Daí que a Berkshire tenha apostado forte na bolsa desde Novembro, com um investimento líquido de 12 mil milhões de dólares.

 

Uma aposta que se revelou acertada, já que Wall Street tem alcançado recordes atrás de recordes.

 

A Berkshire investiu fortemente na Apple no quarto trimestre, quase quadruplicando a sua posição para 57,4 milhões de acções, que estão agora avaliadas em 7,74 mil milhões de dólares. A empresa de Buffett é agora uma das 10 maiores accionistas da fabricante do iPhone, que também tem atingido máximos históricos em bolsa. 

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