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Trump atira Dow Jones para a mais longa série de perdas desde 2011

O índice norte-americano negoceia no valor mais baixo em mais de um mês, devido aos receios de que Trump não consiga implementar as medidas de estímulo que prometeu, e que têm sustentado os ganhos das acções.

Logo após tomar posse, Trump assinou um decreto para criar o Dia Nacional do Patriotismo. Este acto oficial tramitou para o Senado e enquadra-se na sua promessa repetida de tornar, de novo, a 'América grandiosa'. A decisão causou confusão, na medida em que os EUA já têm um feriado com características idênticas, o Dia da Independência, que é comemorado a 4 de Julho.
reuters
27 de Março de 2017 às 18:20
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As políticas do presidente Donald Trump, que levaram o Dow Jones a atingir sucessivos máximos históricos em 2017, são as mesmas que estão a empurrar este índice norte-americano para a mais longa série de perdas em quase seis anos. Mas, desta vez, porque os investidores têm dúvidas de que o líder da Casa Branca consiga cumprir o que prometeu, nomeadamente a sua reforma fiscal "fenomenal".

O Dow Jones negoceia em terreno negativo pela oitava sessão consecutiva, o que representa a mais longa série de desvalorizações desde 2011. A penalizar os títulos estão os receios do mercado de que Trump não consiga ver aprovadas as medidas que prometeu implementar para impulsionar a economia, depois de não ter conseguido luz verde para o seu plano de substituição do Obamacare.

"Os obstáculos à reforma fiscal são, no mínimo, tão grandes quanto os que bloquearam a reforma do programa de cuidados de saúde", refere Tan Kai Xian, analista do GaveKal Research, citado pela Bloomberg. "É agora perfeitamente claro que as reformas fiscal e regulatória vão levar muito mais tempo a ser concretizadas do que muitos investidores esperavam".

Apesar de os republicanos deterem maioria em ambas as câmaras do Congresso – Câmara dos Representantes e Senado – ficou claro, na passada sexta-feira, que a reforma do sistema de saúde não reunia apoios suficientes.

Esta impossibilidade de aprovar a reforma levou os investidores a recearem que Trump poderá não conseguir passar medidas como a redução dos impostos para as empresas e o aumento dos gastos em infraestruturas, duas promessas que alimentaram os ganhos nas bolsas norte-americanas.

Nesta altura, o Dow Jones desce 0,33% para 20.529,36 pontos, o valor mais baixo desde 14 de Fevereiro. Este índice atingiu um máximo histórico nos 21.169,11 pontos a 1 de Março, uma marca que representa um ganho de 15% face ao dia da vitória de Trump nas eleições presidenciais norte-americanas.

Entre as cotadas que mais pressionam destaca-se o Goldman Sachs, que já quase anulou os ganhos decorrentes da eleição de Trump. Os títulos afundam 1,34% para 225,35 dólares, o valor mais baixo desde 1 de Dezembro de 2016.

O tecnológico Nasdaq perde 0,05% para 5.825,97 pontos e o S&P500 recua 0,22% para 2.338,81 pontos.

Além das acções, também o dólar norte-americano está a ser fortemente penalizado, com o índice que mede o desempenho da moeda norte-americana face às principais divisas mundiais a negociar no valor mais baixo desde 11 de Novembro.  

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