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Dow Jones cai pela oitava sessão mas recupera de mínimos  

Wall Street manteve a toada negativa, mas fechou com quedas mais ligeiras do que se verificava a meio da sessão.

Depois de terem batido no fundo, a 9 de Março, as bolsas norte-americanas iniciam um ciclo de subida. Os primeiros sinais positivos nas contas do Citigroup e a intervenção de Barack Obama deram combustível ao super bull market nos EUA, que dura até hoje.
Reuters
27 de Março de 2017 às 21:31
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As bolsas norte-americanas fecharam em terreno misto, a aliviar das quedas acentuadas registadas a meio da sessão.

 

O Dow Jones cedeu 0,22% para 20.550,98 pontos, na oitava sessão consecutiva de quedas do índice que arrancou 2017 de forma fulgurante, tendo fixado vários máximos históricos consecutivos.

 

As oito sessões seguidas de quedas correspondem ao ciclo de desvalorizações mais longo desde 2011, embora o índice norte-americano tenha conseguido recuperar no final da sessão. O mesmo aconteceu com o Nasdaq, que conseguiu mesmo fechar em alta (+0,2%), bem como como S&P500, que fechou a descer 0,09% depois de ter chegado a cair cerca de 1%.

 

Este sentimento negativo que domina agora os mercados accionistas deve-se às dúvidas de que o Presidente dos Estados Unidos consiga cumprir o que prometeu, nomeadamente a sua reforma fiscal "fenomenal".

 

Os investidores temem que Trump não consiga ver aprovadas as medidas que prometeu implementar para impulsionar a economia, depois de não ter conseguido luz verde para o seu plano de substituição do Obamacare.

 

"Os obstáculos à reforma fiscal são, no mínimo, tão grandes quanto os que bloquearam a reforma do programa de cuidados de saúde", refere Tan Kai Xian, analista do GaveKal Research, citado pela Bloomberg. "É agora perfeitamente claro que as reformas fiscal e regulatória vão levar muito mais tempo a ser concretizadas do que muitos investidores esperavam".

 

De acordo com a Bloomberg, a liderar a recuperação do final da sessão em Wall Street estiveram as operadoras de hospitais, bem como as quedas menos acentuadas das instituições financeiras.  O Goldman Sachs desceu 1,28% e o JPMorgan caiu apenas 0,06%, numa sessão em que o índice para o sector financeiro em Wall Street chegou a cair mais de 2%.  

 

Analistas citados pela Bloomberg referem que a recuperação das acções na recta final da sessão deverá estar relacionada com a expectativa que depois da derrota na reforma do Obamacare, Trump vire atenções para o tão aguardado plano económico que prevê a descida dos impostos às empresas.

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