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Bolsas norte-americanas contrariam Europa e abrem no vermelho
Os principais índices norte-americanos arrancaram a sessão em terreno negativo, contrariando a tendência registada na Europa. Este comportamento reflecte um alívio dos receios dos investidores quanto à capacidade de Trump para implementar medidas.
As bolsas nos Estados Unidos abriram em queda ligeira, estando o Dow Jones a descer 0,11% para 20.527,51 pontos, o Nasdaq desce 0,07% para 5.836,574 pontos e o S&P500 cede 0,10% para 2.339,24 pontos.
Na Europa, as bolsas estão em alta, com o índice português e grego a subir mais de 2%.
Com a evolução registada nos EUA, os investidores talvez ainda não terão deixado para trás os receios em torno da capacidade de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, para implementar as reformas que prometeu durante a campanha eleitoral, de acordo com a Reuters. No final da semana passada, Donald Trump optou por não deixar que a nova reforma para a área da saúde fosse votada no Congresso dos EUA. O presidente sabia que não tinha os votos necessários para a sua aprovação, por isso, preferiu não submeter a proposta a votação, o que alimentou os receios dos investidores.
Entretanto, a Casa Branca afirmou esta segunda-feira, 27 de Março, de acordo com a mesma fonte, que irá ter um papel relevante na legislação que vai ser desenvolvida para reformar o código tributário norte-americano. Agosto foi mês referido para ser apresentadas essas alterações.
Um outro elemento a captar a atenção dos investidores do outro lado do Atlântico será o discurso de Janet Yellen, líder da Reserva Federal dos EUA, em Washington. O mercado tentará encontrar pistas sobre o momento em que a autoridade monetária vai subir os juros.
A 15 de Março, a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) subiu os juros. Uma decisão que não apanhou o mercado de surpresa, uma vez que vários elementos da autoridade monetária norte-americana tinham já feito declarações que iam nesse sentido. Além disso, a autoridade monetária sinalizou a possibilidade de mais dois aumentos este ano, o que Janet Yellen considera um ritmo de subidas graduais.
Entretanto, ontem Dennis Lockhart, que deixou a presidência da Fed de Atlanta no final do mês passado, partilha desta possibilidade de mais duas subidas dos juros durante este ano. "O comité está firmemente optimista em relação às perspectivas para, pelo menos, o médio prazo e isso [significa] a continuação de um ritmo de crescimento moderado", disse Lockhart em entrevista à Bloomberg.