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Todos os "rallies" são suspeitos e Wall Street é prova disso

As bolsas norte-americanas encerraram em alta, mas distanciadas dos máximos da sessão. Tem sido a norma nos últimos tempos: sobem e depois corrigem, fechando a valorizar menos ou entrando mesmo em terreno negativo.

Reuters
12 de Dezembro de 2018 às 21:02
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O Dow Jones fechou a sessão desta quarta-feira a somar 0,64% para 24.527,27 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,54% para 2.651,07 pontos – depois de ter estado a ganhar 1,9%.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,95% para 7.098,31 pontos.

 

Os três grandes índices de Wall Street conseguiram assim fechar em alta, devido a um maior optimismo no que diz respeito às negociações comerciais entre os EUA e a China.

 

Com efeito, os investidores gostaram dos sinais de um alívio das tensões, depois de a directora da Huawei, Meng Whanzou, ter sido libertada após o pagamento de fiança e após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito que poderá usar a sua influência para acalmar essa situação – a bem da paz comercial e no âmbito de um acordo com a China.

A CFO da Huawei e filha do fundador da tecnológica chinesa, Meng Wanzhou, foi detida na semana passada no Canadá por suspeitas de violação das sanções impostas pelos EUA ao Irão. A sua detenção desencadeou um sentimento negativo nos mercados, ao intensificar as dúvidas em torno das tréguas entre os EUA e a China. Isto depois de terem sido anunciados 90 dias de 'paz comercial' entre as duas partes.

 

O facto de haver uma maior confiança na "sobrevivência" a Theresa May, na moção de que foi alvo hoje no Reino Unido, também acalmou os mercados e ajudou à tendência positiva – e esse cenário foi confirmado pelas 21:00 de Lisboa.

 

No entanto, tal como em muitas das últimas sessões, os ganhos em Wall Street no fecho foram menores do que os auges da negociação intradiária.

 

A inversão começou assim que os preços do crude começaram a cair, numa altura em que há relatos de discórdia entre membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) relativamente ao planeado corte de produção para fazer subir as cotações nos mercados internacionais.

 

"Estamos numa fase de correcção do mercado accionista. Todos os ‘rallies’ [escaladas] são suspeitos", comentou à Bloomberg Michael Antonelli, director executivo da Robert W. Baird & Co.

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