Notícia
Tecnológicas impulsionam Wall Street
As bolsas norte-americanas encerraram em alta, animadas sobretudo pelo bom desempenho do setor tecnológico.
Os principais índices de Wall Street terminaram no verde, com as tecnológicas a sustentarem a tendência, numa altura em que os investidores pesam os riscos, para a retoma económica, da inflação e do endurecimento da política monetária.
O índice industrial Dow Jones fechou a somar 0,27% para 34.995,89 pontos e o Standard & Poor’s 500 encerrou a ganhar 0,72% para 4.575,52 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite avançou 1,31% para 14.354,90 pontos.
Os ganhos das tecnológicas e outras cotadas de grande capitalização compensaram as perdas nos setores financeiro e da energia – num dia em que os preços do petróleo chegaram a estar a cair mais de 8% em Londres e Nova Iorque devido aos confinamentos em Xangai (o que faz crescer os receios de uma menor procura da China, que é o maior importador mundial de crude).
Entre os destaques do dia esteve a Tesla, que fechou a subir 8,03% para 1.091,84 dólares. Isto no dia em que anunciou que pretende proceder a um novo "stock split".
Ainda assim, o clima continua a ser de prudência, pelo que as bolsas não têm apresentado uma tendência definida e têm evoluído em clima de grande volatilidade.
"Após duas semanas de ganhos os investidores regressaram aos trabalhos com uma mentalidade mais cautelosa, não por notícias que saíram mas pela ausência delas, nomeadamente do conflito no Leste da Europa, que continua a condicionar as perspectivas para a economia global, dadas as implicações que tem na inflação, assim como no clima económico de forma geral, que dificilmente será normalizado enquanto uma potência militar mundial estiver em confronto com um seu vizinho, que indiretamente tem o auxílio de países da NATO, estando a China com um papel indefinido por agora", sublinha Marco Silva, consultor da ActivTrades, na sua análise diária.
"O facto de a China estar a atravessar uma nova fase de elevado número de contágios, que tem levado as autoridades a introduzir quarentenas em cidades economicamente importantes, é um factor de pessimismo, uma vez que levanta de novo o receio de constrangimentos à actividade económica na segunda maior economia do mundo, que tem sido um dos principais motores de crescimentos global nas últimas duas décadas", acrescenta.