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Tecnológicas arrancam novo programa para preparar entrada em bolsa
Sete novas tecnológicas foram selecionadas para integrar o programa Techshare da Euronext, que tem como finalidade ajudar a preparar as empresas para uma futura admissão no mercado de capitais.
Polygon, Wetek, Celfinet e EVA são quatro das sete empresas portuguesas que integram a quinta edição do Techshare, um programa organizado pela Euronext que tem como objetivo preparar as tecnológicas que ponderam avançar com uma operação de entrada em bolsa num período entre 18 e 36 meses.
Pelo quinto ano consecutivo, a Euronext arranca com uma nova edição do Techshare, o programa que tem como finalidade ajudar as tecnológicas a familiarizarem-se com os mercados de capitais, com vista a realizar uma futura oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês). O programa conta com sete participantes – três dos quais quiseram manter o anonimato – e têm um volume de negócios médio de 2,9 milhões de euros.
Segundo a Euronext, uma das empresas selecionadas está presente no setor healthtech, quatro atuam na área de software/digital (Polygon, Wetek e outras duas empresas não identificadas) e a Celfinet e a EVA no segmento de hardware/robotics e telecomunicações.
Lançado em 2015, o Techshare conta já com 275 empresas, das quais 23 são portuguesas. Segundo Filipa Franco, head of listing da Euronext Lisbon, "tem havido um crescente interesse [no programa], de empresas com maior maturidade".
Apesar do interesse manifestado neste programa, até agora estas companhias continuam sem fazer o seu caminho para o mercado. Isabel Ucha, presidente da Euronext Lisbon, destaca que a bolsa mantém uma relação muito próxima com as empresas, mas no fim "continua a ser uma opção das próprias empresas".
"As empresas precisam encontrar o momento certo para uma entrada em mercado e as condições dos mercados não foram as mais favoráveis nos últimos meses", justifica Isabel Ucha.
Entre as novas empresas que se estreiam no Techshare, a expectativa é tentar aproveitar as potencialidades de financiamento no mercado para crescer e expandir a sua atividade. "Uma ida para a bolsa poderia permitir que continuássemos no controlo e continuar a crescer", explica José Mata, da Celfinet.