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Tarifas e Rosenstein, a dupla que atirou Wall Street ao chão
As bolsas norte-americanas encerraram generalizadamente em baixa, pressionadas sobretudo pela entrada em vigor das tarifas alfandegárias entre os EUA e a China, o que afectou especialmente os títulos industriais. Também a dúvida em relação à demissão ou não do procurador-geral Rod Rosenstein ajudou à instabilidade.
O Dow Jones fechou a ceder 0,68% para 26.561,64 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 0,35% para 2.919,36 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite conseguiu manter-se à tona e terminou com um ganho ligeiro de 0,08% para 7.993,25 pontos.
A guerra comercial entre a China e os EUA conheceu um novo capítulo esta segunda-feira, com a entrada em vigor de uma segunda ronda de tarifas logo às 00:01.
Os Estados Unidos passaram a taxar bens chineses no equivalente a 200 mil milhões de dólares. Já a China elevou as tarifas sobre bens importados dos EUA para o correspondente a 60 mil milhões de dólares de produtos norte-americanos.
Esta guerra comercial, que parece longe do fim, pressionou hoje sobretudo os títulos industriais – como a Boeing (a maior exportadora dos EUA para a China).
Oito dos onze sectores que compõem o S&P 500 encerraram com saldo negativo. Do lado dos ganhos, destaque para a categoria dos serviços de comunicações.
O sector industrial, que tem carregado nos ombros grande parte do peso desta prolongada guerra comercial, caiu hoje mais de 1%.
Entretanto, outro factor de pressão veio juntar-se às tensões em torno das tarifas alfandegárias quando o website Axios reportou que o procurador-geral Rod Rosenstein – que está a monitorizar a investigação especial ao papel da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016 – se tinha demitido.
Uma fonte disse entretanto à Reuters que Rosenstein não se tinha demitido, ao passo que uma porta-voz da Casa Branca afirmou que o procurador-geral irá reunir-se com o presidente Donald Trump na quinta-feira.