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Sporting já afunda 17% na bolsa

Na segunda chamada da sessão, as acções do Sporting acentuaram a tendência negativa. Afundam 17,11% para 63 cêntimos.

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Nuno Carregueiro nc@negocios.pt 17 de Maio de 2018 às 15:37

As acções do Sporting acentuaram a tendência de queda, estando agora a afundar 17,11% para 63 cêntimos. Esta queda aconteceu na segunda chamada do dia, depois de na primeira, às 10:30, as acções terem descido mais de 7% para 70 cêntimos.


A liquidez, apesar de continuar reduzida, é agora bem mais elevada. Foram transaccionadas 11.006 acções, quando de manhã o número era de apenas 360. A liquidez de hoje compara com a média diária de cerca de 7 mil acções nos últimos seis meses.


Dado ser uma cotada de reduzida liquidez, a transacção de acções do Sporting é efectuada duas vezes por dia: uma às 10:30 e outra às 15:30, apesar das ordens estarem sempre a entrar no sistema. Neste regime de negociação por chamada estão cotadas com pouca liquidez ou pouca dispersão em bolsa. 

O acentuar da queda das acções surgiu depois de terem ocorrido várias demissões nos órgãos sociais do Sporting, que têm como objectivo forçar a demissão do presidente Bruno de Carvalho.

A SAD do Sporting informou ontem, em comunicado divulgado na CMVM, que "não há qualquer suspensão ou rescisão do vínculo laboral de qualquer dos elementos da equipa técnica do plantel principal de futebol profissional". Por outro lado, acrescenta, "não foi manifestada qualquer intenção de rescisão dos contratos de trabalho por parte de qualquer jogador da equipa principal de futebol profissional".

O comunicado do Sporting surge depois de a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter pedido esta quarta-feira, 16 de Maio, esclarecimentos à SAD sobre o impacto dos acontecimentos recentes no valor dos seus activos.

 

O regulador do mercado de capitais quis saber se o valor dos activos do Sporting será penalizado pelos casos que estão a afectar o clube. Uma das maiores questões está relacionada com a violência a que ontem se assistiu na Academia de Alcochete, com jogadores e membros da equipa técnica a serem agredidos. Após estes acontecimentos foi noticiado que os jogadores e equipa técnica do Sporting ponderam avançar com uma rescisão por justa causa.

 
Também ontem a direcção do Sporting anunciou que formalizou um pedido  junto de Jaime Marta Soares para a realização de uma assembleia geral extraordinária (AGE), a ser marcada "o mais breve possível".

Têm sido vários os pedidos de demissão do presidente do Sporting. O banqueiro e sócio do Sporting José Maria Ricciardi defendeu ser "absolutamente fundamental" que a administração da SAD e a direcção do Sporting "se demitam o mais rapidamente possível" para ultrapassar a actual situação. 

Esta manhã, o presidente do Sporting anunciou numa nota pessoal enviada à Lusa, que vai mover um processo contra o Presidente da Assembleia da República, comentadores e jornalistas por o terem "difamado e caluniado", após os actos de violência em Alcochete. E recusou demitir-se. "Neste momento, sinto-me com a mesma capacidade, força, prazer e honra em servir o clube que amo, não vendo qualquer motivo enquanto sportinguista para me afastar de um trabalho e de um rumo que está a ser seguido com sucesso nestes cinco anos", afirmou

 

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