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Sonae Indústria sobe 14% em sete dias e segue em máximos de 2014

Depois de sete dias de valorização, a Sonae Indústria tocou em cotações inéditas desde o aumento de capital de 2014. O volume nos últimos três dias duplica a média.

Paulo Duarte
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Foi com um ganho de 4% que a Sonae Indústria viveu esta sexta-feira. A valorização ocorreu um dia depois de anunciada a venda, pela sua participada Sonae Arauco, de uma central de cogeração à Sonae Capital. Mas a tendência de valorizações não foi apenas de hoje.

 

As acções da Sonae Indústria ganham há sete sessões, tendo hoje chegado a valer 2,949 euros. Os títulos ascenderam a cotações que não eram verificadas desde Dezembro de 2014, quando foi feito um aumento de capital na sociedade que conduziu a fortes quedas no preço dos títulos. 

 

Ao todo, neste período de sete dias de ganhos, a Sonae Indústria avançou quase 14%. Nas últimas três sessões, houve uma pressão compradora, com os volumes a serem, todos os dias, superiores a 100 mil acções, acima da média em torno de 50 mil títulos negociados por sessão.

 

Neste último dia, houve um factor a justificar o avanço: a venda de 90% da Sociedade de Iniciativa e Aproveitamentos Florestais-Energia, SA (SIAF-Energia), pela Sonae Arauco (participada pela Sonae Indústria), à Capwatt, da Sonae Capital por 900 mil euros.

 

O que é adquirido


A SIAF-Energia detém, por sua vez, a central de cogeração instalada na Sonae Arauco de Mangualde, além da licença para desenvolver uma nova central termoeléctrica a biomassa que substituirá a existente, com uma potência eléctrica de 10 megawatts.

A construção da nova central - com potência eléctrica de 10MW (megawatts) - vai representar um investimento de 45 milhões de euros, a ser realizado pela CapWatt. Em velocidade cruzeiro deverá gerar receitas de cerca de 20 milhões de euros.

A CapWatt e a Sonae Arauco podem, no prazo de três anos, optar por comprar os 10% remanescentes no capital da SIAF. A Sonae Capital, ao contrário da Sonae Indústria, resvalou 0,35% para 0,855 euros.

 

O BPI Equity Research acredita que esta aquisição enquadra-se na estratégia da Sonae Capital, para aumentar a sua capacidade instalada na energia: objectivo de 100 megawatts face aos actuais 72 megawatts. Além disso, a equipa de analistas da casa de investimento sublinha que a empresa tem um balanço capaz de suportar este investimento.

 

"Esta transacção reforça a capacidade instalada da Sonae Capital na área da geração de energia, para cerca de 83MW, detendo activos de várias de várias tecnologias. Por outro lado, a empresa aumenta a previsibilidade das suas receitas e rentabilidade, pela maior estabilidade das receitas e cash-flows do sector de energia", opina, igualmente, o CaixaBI. 

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