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Só o Deutsche Bank cai mais que o BCP desde final de Julho
Desde que apresentou resultados, a 27 de Julho, o BCP perde 13%. Essa queda colocou a cotação em linha com a média dos preços-alvo. No mesmo período, entre os 44 bancos europeus do índice da Bloomberg, só o Deutsche Bank teve pior desempenho.
"Com a menor liquidez caracterizada pelo mês de Agosto, e como o mercado já tinha descontado os resultados positivos, surgiu espaço para uma correcção do título", referiu Paulo Rosa, trader do Banco Carregosa. O BCP regressou este ano aos lucros no primeiro semestre, com um resultado de 89,9 milhões de euros. Os números foram considerados positivos pelos analistas. Mas o mercado já estava a apostar nessa evolução, o que, a par com a base de capital mais forte, fez com que as acções subissem mais de 80% desde o mínimo de 16 de Janeiro, até à data da divulgação das contas.
Quedas metem BCP em linha com preços-alvo
Os máximos de Julho deixaram as acções do BCP a negociar acima da média dos preços-alvo. Nesse mês, os títulos chegaram a negociar em 0,2588 euros. Mas as quedas recentes levaram as acções do banco a negociar em linha com a média das avaliações. As acções do BCP encerraram a sessão desta terça-feira a valer 0,22 euros, exactamente o mesmo valor da média dos preços-alvo.
A subida da cotação em Julho atraiu os investidores que apostam na queda das acções. Os interesses a descoberto relevantes passaram de posições equivalentes a 2,31% no início de Julho para 3,72% esta semana. Paulo Rosa até admite que isso possa ser um factor de pressão no curto prazo. Mas realça que "no longo prazo, são os resultados que ditam a evolução do título".
Nesse ponto, Albino Oliveira sublinha que os principais desafios são "continuar a melhorar a qualidade dos activos assim como a rentabilidade do negócio em Portugal". E o analista da Patris Investimentos diz que os resultados do semestre "deram indicações positivas nesse sentido".