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BCP afunda mais de 4% para mínimos de três meses

Os títulos do banco liderado por Nuno Amado registam a maior perda desde 4 de Abril e lideram as quedas no PSI-20. O índice português cai mais de 1%, sem nenhum título do lado dos ganhos, numa Europa em mínimos de seis meses.

Miguel Baltazar
29 de Agosto de 2017 às 09:58
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Os papéis do BCP estão a destacar-se entre as perdas na bolsa de Lisboa esta terça-feira, 29 de Agosto, a recuarem mais de 4% e levando o valor dos títulos para o patamar mínimo de três meses (23 de Maio).

Os títulos já estiveram a recuar 4,73% para 0,2115 euros, na maior descida em bolsa desde o passado dia 4 de Abril para a instituição liderada por Nuno Amado, sessão em que tinham recuado 5,05%.

Nas últimas 11 sessões, apenas numa os títulos recolheram ganhos. Caem agora 4,01% para 0,2118 euros. Desde 14 de Agosto, antes de se iniciar a série de perdas, o banco já perdeu em bolsa 432,26 milhões de euros. 

Como o Negócios avançou na semana passada, este título continua a ser dos alvos preferidos pelos especuladores na bolsa de Lisboa para realizar apostas negativas. Há quatro fundos a apostar na queda das acções, com posições a descoberto que representam 3,7% do capital: AQR Capital Management, Marshall Wace, Lansdowne Partners e Oceanwood Capital Management, que aumentaram nos últimos dias as suas participações.

O PSI-20 acentuou entretanto as perdas, em linha com a Europa, e recua 1,32% para mínimos de 22 Maio, com a Mota Engil (cai mais de 2,5%) e Semapa com as perdas mais relevantes. Galp, Sonae e Nos perdem mais de 1%, tal como a Navigator. Nem a Pharol - que chegou a valorizar mais de 1,5% depois de ontem ter anunciado que fechou o primeiro semestre com lucros de 61,8 milhões de euros - se mantém do lado dos ganhos: está inalterada nos 0,314 euros. 

A queda de Lisboa - a terceira consecutiva que coloca o PSI-20 em mínimos de três meses - acompanha o resto da Europa, onde impera o sentimento de aversão ao risco dos investidores, depois do lançamento de um novo míssil por parte da Coreia do Norte, que sobrevoou território japonês.

O Conselho de Segurança da ONU vai reunir de emergência e os EUA e o Japão prometeram acentuar a pressão sobre Pyongyang, enquanto a Coreia do Sul e a China insistem no diálogo para a resolução da crise.

A penalizar as negociações está ainda a força do euro, que superou os 1,20 dólares pela primeira vez desde Janeiro de 2015, encarecendo assim as exportações europeias e penalizando as cotadas mais expostas a mercados internacionais.

(Notícia actualizada às 10:28)
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