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Sessão negativa para os media: Impresa afunda 17%, Cofina recua 5%

O forte volume levou a Impresa a registar novos mínimos de Maio deste ano. O comportamento negativo desde que cancelou a emissão de dívida mantém-se. No sector, a Cofina também cedeu terreno.

Bruno Simão
07 de Setembro de 2017 às 18:22
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Foi uma sessão bolsista negativa para a comunicação social portuguesa, mais uma vez com a Impresa à cabeça, mas com uma tendência a que a Cofina, detentora do Negócios, não escapou. 

 

A dona do Expresso e da SIC chegou a perder mais de 21% do seu valor durante o dia de hoje. No fecho, os títulos cederam 16,67% e fixaram-se nos 0,225 euros. Foi quando recuaram mais de 21% que desceram à cotação mais baixa desde o início de Maio (0,213 euros). Foi o quarto dia consecutivo a perder terreno, período em que a cotação caiu 27%.

 

A quebra de 16,67% da companhia sob o comando de Francisco Pedro Balsemão (na foto) nesta sessão foi resultado de uma forte troca de acções, já que foram transaccionados mais de 2,1 milhões de títulos, quando a média diária é de menos de 1 milhão. É o maior volume desde o final de Julho.

 

O comportamento da empresa de media tem sido negativo sobretudo desde que se tornou público que a Impresa não conseguiu convencer investidores institucionais a emprestarem 35 milhões de euros, uma operação através da qual pretendia refinanciar a dívida de 30 milhões que vence em 2018. A firma está a procurar reduzir a sua estrutura de custos, e vai redimensionar a sua presença no segmento de revistas, estando a ponderar a sua venda ou o encerramento.

 

Esta quinta-feira, 7 de Setembro, o Sindicato dos Jornalistas revelou que a Impresa já recebeu "cerca de uma dezena" de propostas de aquisição das revistas, e que pretende privilegiar as ofertas que incluam a manutenção dos colaboradores pelo comprador.

 

Num sector que tem vindo a ser penalizado pela quebra de receitas, sobretudo publicitárias, e que está em modificação com a proposta de compra da Media Capital pela Altice, a Cofina também tem vindo a implementar medidas de contenção de custos. Neste momento, a empresa que detém o Negócios e o Correio da Manhã está a promover uma alteração da sua orgânica, com uma integração física das redacções das várias publicações.  

 

Também foi uma sessão negativa para a Cofina, que perdeu 4,76% para valer 0,40 euros por acção, um valor em que não tocava desde a primeira metade de Julho.

 

As empresas de media, apesar de não fazerem parte do PSI-20, acompanharam o dia negativo no índice português, que recuou mais de 1%. Na Europa, o sector dos media também recuou, mas apenas 0,18%.

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