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Sector do papel e Jerónimo Martins deixam mínimos e impulsionam bolsa
A bolsa nacional inverteu da tendência de queda e segue com ganhos ao beneficiar das subidas do sector do papel e da Jerónimo Martins, que esta manhã chegaram a tocar em mínimos de, pelo menos, Fevereiro de 2017.
O PSI-20 sobe 0,4% para 4.749,65 pontos, recuperando de mínimos de Março de 2017, atingidos na manhã desta terça-feira, 18 de Dezembro. O principal índice da bolsa nacional contraria assim a tendência de queda que impera na maior parte das praças europeias.
São vários os factores que têm pressionado as bolsas, desde o abrandamento da economia mundial, à guerra comercial, passando pela incerteza em torno do Brexit. Recentemente os dados económicos pouco animadores referentes ao sector do retalho também têm pesado na negociação.
Esta terça-feira, 18 de Dezembro, começa a reunião da Reserva Federal (Fed) dos EUA, com os investidores à espera que seja anunciado o quarto aumento dos juros no país. Mas a grande questão será se o presidente da autoridade, Jerome Powell, vai deixar sinais sobre o futuro da política monetária.
A tendência é assim de quedas por toda a Europa. Lisboa escapa a esta tendência com nove cotadas em alta, oito em queda e uma inalterada.
O sector do papel está em forte destaque, com a Navigator a subir 3,21% para 3,534 euros, tendo chegado a deslizar para mínimos de Fevereiro de 2017, ao tocar nos 3,38 euros. A Altri aprecia 2,01% para 5,58 euros e a Semapa ganha 0,78% para 12,88 euros, tendo também negociado em mínimos de Dezembro de 2016 esta manhã.
O sector do retalho, que também tem protagonizado quedas acentuadas, também está a recuperar, com as acções da Jerónimo Martins a subir 1,38% para 10,275 euros, depois de já terem tocado no valor mais baixo desde Março de 2015 (10,10 euros), e a Sonae SGPS a apreciar 2,39% para 0,8145 euros.
A pesar na negociação está a Galp Energia, ao descer 0,68% para 13,975 euros, numa altura em que o preço do petróleo está a descer quase 3%, a reflectir os receios de abrandamento da economia conjugados com o aumento de produção dos EUA. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a descer 2,85% para 57,91 dólares, tendo já tocado em mínimos de Outubro de 2017.
Em queda está também a EDP, ao perder mais de 1% para 2,994 euros, bem como a EDP Renováveis, ao descer 0,65% para 7,59 euros.