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Ricciardi: "Interesse dos investidores estrangeiros [em Lisboa] é muito grande"

O CEO do Haitong considera que é necessário captar mais capital estrangeiro para o mercado português e incentivar novas operações por parte das empresas na bolsa.

14 de Janeiro de 2016 às 22:01
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Os investidores institucionais estrangeiros continuam a olhar com muito interesse para as cotadas nacionais, apesar da medida de resolução no Banif, adianta José Maria Ricciardi. Para o CEO do Haitong "é absolutamente fundamental" captar o investimento estrangeiro e contrariar estes eventos negativos no mercado nacional.

O final de 2015 ficou marcado pela resolução no Banif, que ditou a exclusão das acções do banco da bolsa portuguesa. Mais um caso que manchou a praça lisboeta, mas que "não foi suficiente para afectar o interesse" dos investidores estrangeiros nas companhias portuguesas, adiantou Ricciardi, numa entrevista telefónica ao Negócios, no âmbito da conferência que o Haitong está a promover em Londres.

"Os investidores estrangeiros continuam a mostrar interesse nas empresas portuguesas e a contrariar alguns eventos pontuais que temos tido", defende o líder do antigo BESI, que está a organizar esta quinta-feira e sexta-feira, 14 e 15 de Janeiro, um encontro onde está representada a maioria das cotadas do PSI-20 e que conta com a presença de mais de 100 investidores institucionais.

Ricciardi considera que este encontro, a quinta edição da Conferência Ibérica organizada pelo Haitong, é uma boa oportunidade para promover as cotadas nacionais e ajudar o mercado a retomar. "O investimento externo é fundamental para Portugal", remata o mesmo responsável.

As companhias presentes neste evento terão oportunidade de explicar a sua estratégia para 2016, num momento em que as bolsas mundiais atravessam um período conturbado, devido à crise na China.

O CEO do Haitong espera ainda que, com a queda das taxas de juro haja um interesse cada vez maior no mercado de capitais e "as empresas considerem noivas operações e ofertas públicas iniciais (IPO)".

"Não é com crédito que se encontra capital necessário para investimentos novos", remata Ricciardi.

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