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Resultados e expectativas em torno do BCE penalizam Wall Street

As bolsas dos Estados Unidos abriram em queda, numa altura em que cresce a expectativa em torno da reunião do BCE. Também os resultados da IBM - que caíram 7% em 2014 - estão a penalizar.

Bloomberg
21 de Janeiro de 2015 às 14:38
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Os principais índices norte-americanos abriram em queda esta quarta-feira, 21 de Janeiro, depois de duas sessões consecutivas de ganhos, depois de a IBM ter divulgado resultados mais negativos do que o esperado, e numa altura em que os investidores aguardam a reunião do Banco Central Europeu (BCE), agendada para amanhã.

 

O índice industrial Dow Jones cai 0,4% para 17.445,40 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq perde 0,28% para 4.641,62 pontos. Já o S&P500 desvaloriza 0,2% para 2.017,68 pontos.

 

Nas últimas semanas têm crescido as expectativas de que a reunião mensal do BCE marcada para este mês será histórica, com a autoridade monetária a anunciar um programa de alívio quantitativo (QE, na sigla inglesa) – na prática, um programa de compra de activos em grande escala - que inclua a compra de títulos de dívida dos governos.

 

Contudo, tanto a chanceler alemã, Angela Merkel, como um membro do Conselho de Governadores do BCE, já vieram arrefecer as expectativas. Ewald Nowotny disse que os investidores não devem ser levados por uma reunião de política monetária. "Não devemos ficar demasiado excitados", avisou. "Os banqueiros centrais precisam de ter uma visão de longo prazo".

 

Já a governante alemã garantiu que o banco central ainda não tomou nenhuma decisão. "O BCE ainda não tomou nenhuma decisão, tem havido muita especulação", sublinhou Angela Merkel, citada pela Bloomberg.

 

De acordo com a unidade de investimento do Wells Fargo, o Banco Central Europeu vai decepcionar os mercados financeiros com um objectivo mais baixo para a compra de dívida pública do que estimam os analistas.

 

"Pensamos que não terão estômago para fazer mais do que 500 mil milhões de euros de compras", referiu, em declarações à agência noticiosa, Brian Jacobsen, estratego do Wells Fargo Asset Management.

 

A penalizar o mercado estão ainda os números da IBM, que registou quebra de 7% nos seus lucros líquidos de 2014, fechando o indicador nos 15,7 mil milhões de dólares (cerca de 14 mil milhões de euros).

 

Já a facturação do ano passado fixou-se nos 92,8 mil milhões de dólares (80 mil milhões de euros), representando uma quebra de 6% face a 2013, de acordo com os dados divulgados pela empresa depois do fecho da sessão de ontem.

 

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