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Resiliência da economia americana atira Wall Street para máximos de cinco meses

As bolsas norte-americanas encerraram em alta, animadas pelo facto de os últimos indicadores apontarem para uma economia resiliente e uma pressão muito modesta sobre a inflação.

Se a primeira reacção das bolsas à vitória eleitoral de Donald Trump foi de pânico, rapidamente esse sentimento deu lugar à euforia, com os investidores a fazerem contas aos ganhos que a política económica de Donald Trump pode proporcionar. Descida de impostos para as empresas e um forte investimento em infra-estruturas são duas das cenouras que atraem os investidores, mesmo havendo alguma incerteza sobre a capacidade de pôr em prática os ambiciosos planos do Presidente. Desde a tomada de posse, as acções americanas sobem 4%, renovando sucessivos recordes. O que também está a subir são as taxas de juro das obrigações, um movimento que provocou uma reavaliação global dos juros da dívida.
reuters
13 de Março de 2019 às 20:06
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O Dow Jones fechou a somar 0,58% para 25.702,95 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,70% para 2.810,92 pontos.

 

O S&P 500 marcou assim a sua terceira subida consecutiva, atingindo um máximo de cinco meses ao manter-se acima do patamar dos 2.800 pontos – um nível-chave que andava a tentar superar nas últimas semanas.

 

O tecnológico Nasdaq Composite, por seu lado, terminou hoje com um ganho de 0,69%, para 7.643,40 pontos.

 

Os últimos dados económicos dos Estados Unidos estão a ajudar ao otimismo dos investidores.

 

Por um lado, o índice de preços no consumidor, relativo a fevereiro, mostra que a inflação se revelou controlada face às expectativas.

 

Os preços no consumidor aumentaram 0,2%, em linha com as estimativas. Esta foi a primeira subida da inflação em quatro meses, o que corrobora a perspetiva de a Reserva Federal (Fed) dos EUA manter uma postura "paciente" em relação à política monetária, admitindo mesmo a possibilidade de descer os juros no país, salientava ontem a Reuters.

 

Por outro lado, as encomendas de equipamento empresarial registaram em janeiro o maior aumento em seis meses, o que ajudou a este movimento mais otimista nos mercados.

 

Estes indicadores positivos relativamente ao arranque do ano – a maioria dos dados estão a ser divulgados um mês mais tarde do que o habitual devido à paralisação ("shutdown") de 35 dias dos serviços públicos federais nos EUA, até 15 de fevereiro – diminuem, de facto, a pressão para a Fed continuar a aumentar a taxa de juro diretora.

 

Ontem, o índice industrial Dow Jones sucumbiu ao mau desempenho do seu peso-pesado, a Boeing, mas hoje conseguiu superar os dissabores que a construtora aeronáutica está a viver - até porque a empresa encerrou a subir 0,46% para 377,14 dólares.

 

Mais de 50 países, incluindo toda a União Europeia e os EUA (que anunciou hoje a sua decisão), suspenderam já os voos em aviões Boeing 737 Max 8 e Max 9 depois do acidente fatal de domingo com um Max 8 da Ethiopian Airlines.
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