Notícia
Resiliência da economia americana atira Wall Street para máximos de cinco meses
As bolsas norte-americanas encerraram em alta, animadas pelo facto de os últimos indicadores apontarem para uma economia resiliente e uma pressão muito modesta sobre a inflação.
O Dow Jones fechou a somar 0,58% para 25.702,95 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,70% para 2.810,92 pontos.
O S&P 500 marcou assim a sua terceira subida consecutiva, atingindo um máximo de cinco meses ao manter-se acima do patamar dos 2.800 pontos – um nível-chave que andava a tentar superar nas últimas semanas.
O tecnológico Nasdaq Composite, por seu lado, terminou hoje com um ganho de 0,69%, para 7.643,40 pontos.
Os últimos dados económicos dos Estados Unidos estão a ajudar ao otimismo dos investidores.
Por um lado, o índice de preços no consumidor, relativo a fevereiro, mostra que a inflação se revelou controlada face às expectativas.
Os preços no consumidor aumentaram 0,2%, em linha com as estimativas. Esta foi a primeira subida da inflação em quatro meses, o que corrobora a perspetiva de a Reserva Federal (Fed) dos EUA manter uma postura "paciente" em relação à política monetária, admitindo mesmo a possibilidade de descer os juros no país, salientava ontem a Reuters.
Por outro lado, as encomendas de equipamento empresarial registaram em janeiro o maior aumento em seis meses, o que ajudou a este movimento mais otimista nos mercados.
Estes indicadores positivos relativamente ao arranque do ano – a maioria dos dados estão a ser divulgados um mês mais tarde do que o habitual devido à paralisação ("shutdown") de 35 dias dos serviços públicos federais nos EUA, até 15 de fevereiro – diminuem, de facto, a pressão para a Fed continuar a aumentar a taxa de juro diretora.
Ontem, o índice industrial Dow Jones sucumbiu ao mau desempenho do seu peso-pesado, a Boeing, mas hoje conseguiu superar os dissabores que a construtora aeronáutica está a viver - até porque a empresa encerrou a subir 0,46% para 377,14 dólares.
Mais de 50 países, incluindo toda a União Europeia e os EUA (que anunciou hoje a sua decisão), suspenderam já os voos em aviões Boeing 737 Max 8 e Max 9 depois do acidente fatal de domingo com um Max 8 da Ethiopian Airlines.