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Recomendação do Haitong leva direitos da REN a dispararem 17%

Depois de várias sessões com os direitos a pressionarem acções, esta quarta-feira aconteceu o inverso, com as acções a beneficiarem com uma recomendação de "comprar" emitida pelo Haitong.

A política de dividendos da REN assume uma remuneração de 17,1 cêntimos por acção o que, tendo em conta o valor de fecho das acções na sessão de sexta-feira, pressupões uma taxa de rentabilidade de 6,04%.
Miguel Baltazar
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Os direitos de subscrição do aumento de capital da REN fecharam esta quarta-feira em forte alta, acompanhando a tendência das acções, que estiveram a reagir favoravelmente a uma nota de "research" emitida pelo Haitong para a cotada liderada por Rodrigo Costa.

 

Os direitos fecharam a subir 17,56% para 15,4 cêntimos, sendo que chegaram a valorizar 21,37% para 15,9 cêntimos. Atingiram assim o valor mais elevado desde que começaram a negociar na semana passada, encontrando-se agora 2,7% acima da primeira cotação (15 cêntimos na quinta-feira).

 

Estes títulos estão a ser impulsionados pela evolução das acções, que nas últimas sessões tinham sido pressionadas pelos direitos, devido à pressão vendedora por parte dos accionistas que não pretendem subscrever o aumento de capital.

 

As acções da REN fecharam a sessão a valorizar 2,89% para 2,489 euros, recuperando de mínimos de finais de Janeiro e beneficiando com a recomendação de "comprar" e o preço-alvo de 3,00 euros avançado hoje pelo Haitong.

 

A liquidez também esteve em alta, sendo que só hoje já foram transaccionados 24,1 milhões de direitos da REN. Nas cinco sessões em que estes títulos transaccionam em bolsa, foram movimentados mais de 93,7 milhões de direitos, o que equivale a 17,5% do total emitido (mais de 530 milhões).

 

Os direitos persistem praticamente em equilíbrio com o valor determinado pela cotação das acções. À cotação de fecho das acções (2,489 euros) corresponde um valor teórico dos direitos de 15,38 cêntimos. À cotação de fecho dos direitos (15,4 cêntimos) equivale um preço teórico das acções de 2,4899 euros.

 

Para calcular o valor teórico dos direitos, basta multiplicar por 0,25124803 (número de acções que podem ser subscritas com um direito) a diferença entre a cotação das acções e o preço de subscrição de 1,877 euros. Para encontrar o valor teórico das acções, divide-se a cotação do direito por 0,25124803 e adiciona-se o preço de subscrição de 1,877 euros.  

 

A calculadora do Negócios indica quais os preços de equilíbrio e permite também saber quanto tem de investir para participar na operação.

 

 

Acções estão num nível "muito apelativo"

 

Numa nota emitida hoje, o Haitong considera que a queda recente das acções da REN as colocou num "nível de avaliação muito apelativo", o que surge como uma "oportunidade de compra".

 

"Actualizámos [a recomendação da] REN de neutral para comprar", uma vez que "a pressão de venda de curto prazo provocada pela emissão de direitos [de subscrição do aumento de capital], levou as acções da REN para o que consideramos ser um nível de avaliação muito apelativo", explicam os analistas do Haitong numa nota de análise a que o Negócios teve acesso.

 

Além de melhorar a recomendação, o Haitong elevou também a avaliação da REN de 2,80 euros para 3,00 euros, considerando já o preço-alvo para o final de 2018.

 

Esta avaliação confere às acções um potencial de subida de 24% face ao valor de fecho das acções desta terça-feira, 28 de Novembro.

 

A casa de investimento destaca o dividendo que a empresa liderada por Rodrigo Costa vai pagar aos seus accionistas, considerando ser um "dividendo sustentável", prevendo que a empresa "mantenha um dividendo por acção de 0,171 euros nos próximos anos".

 

A exercer pressão deverá estar o facto de a Oman Oil, a segunda maior accionista da REN, não se ter comprometido a acompanhar o aumento de capital, o que significa que poderá ser despejada no mercado uma quantidade considerável de direitos de subscrição do aumento de capital, o que deverá "causar pressão vendedora" na cotada.

 

O Haitong considera mesmo que a recente queda das acções, de 3,6% desde que os direitos começaram a negociar, é "uma oportunidade de compra, especialmente numa altura em que há visibilidade regulatória sobre os activos de electricidade até 2021".

 

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