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Ramada disparou 35% com notícia do regresso ao PSI-20 para máximos de fevereiro
As ações da Ramada atingem um máximo de dez meses, com uma subida superior a 10% no dia de hoje. Desde que foi anunciado o seu regresso ao PSI-20, as ações valorizaram 35%.
A liquidez continua a ser bastante superior ao normal, com quase 90 mil ações transacionadas. Um número bastante acima da média diária dos últimos seis meses de quase 14 mil ações.
A forte subida de hoje atenua a queda sofrida pelas ações em 2020. Desde o início do ano a Ramada acumula uma desvalorização de 10%, apresentando agora uma capitalização bolsista de 129 milhões de euros.
A promoção da Ramada a um lugar de destaque na bola nacional, que acontece a 21 de dezembro, surgiu devido à revisão trimestral da composição do índice PSI-20, ocupando a vaga deixada livre pela Sonae Capital. Desde março que a empresa estava afastada do PSI-20, depois de ter cedido o seu lugar à Novabase.
Com a entrada da empresa, o índice de referência nacional volta a ter 18 empresas, depois de ter ficado com apenas 17 componentes, na sequência da saída da Sonae Capital da bolsa portuguesa.
A entrada no PSI-20 é benéfica para as cotadas pois alarga o leque de potenciais investidores, que só investem em empresas com presença em índices de referência, ou mesmo os que replicam as carteiras dos índices. As ações tendem a beneficiar mesmo antes da inclusão no índice pois os investidores começam desde já a ajustar as suas carteiras.
A escolha da Ramada surge depois da Sonae Capital ter saído do PSI-20 no final de outubro, após ter sido excluída do índice, na sequência da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela família Azevedo sobre o capital da empresa, na qual a "holding" passou a controlar mais de 90% dos direitos de voto da Sonae Capital.
A Euronext Lisbon, a gestora da bolsa, realiza três revisões trimestrais do índice, em junho, setembro e dezembro, com a revisão anual a ser realizada em março.