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Queda da Apple pesa em Wall Street. Dow escapa ao vermelho
As principais bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em terreno misto, com a Apple a pressionar o S&P 500 e o Nasdaq. Já o Dow conseguiu manter-se à tona.
As bolsas norte-americanas fecharam em terreno misto, com a queda da Apple e a debilidade das cotadas do setor dos "chips", devido aos receios em torno do menor uso de iPhones na China, a pesarem.
Além disso, a diminuição dos pedidos semanais de subsídio de desemprego nos EUA reforçou a perspetiva de que a Reserva Federal (Fed) vai manter os juros de referência elevados durante mais algum tempo.
O índice industrial Dow Jones fechou a somar 0,17%, para 34.500,73 pontos
Já o Standard & Poor’s 500 encerrou com um deslize de 0,32% para 4.451,14 pontos. ao passo que o tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,89% para se fixar nos 13.748,83 pontos.
A Apple – que está cotada no S&P 500 e no Nasdaq – terminou com uma queda de 2,92%, a valer 177,56 dólares.
Foi a segunda sessão consecutiva da Apple no vermelho, depois das notícias de que a China alargou as restrições ao uso de iPhones por parte de funcionários do Estado, tendo exigido ao "staff" de algumas agências do governo central que deixem de usar os seus telemóveis no local de trabalho.
Do lado dos ganhos, destaque para a McDonald’s, que somou 1,05% para 278,33 dólares, animada por um "upgrade" das suas ações por parte do Wells Fargo.
"Com o sentimento a ressentir-se dos indícios de que a maior economia do mundo pode estar a regressar a um mercado laboral robusto, e com uma subida de custos que terá impacto na inflação, os investidores foram esta quinta-feira confrontados com mais informação. Estes dados reforçam esses indícios e colocam a possibilidade de um retorno do crescimento económico mais robusto, tendo em conta o que atravessa o setor dos serviços", sublinhou Marco Silva, consultor da ActivTrades, na sua análise diária.
Com efeito, refere, "o facto de ontem o ISM relativo aos serviços ter surpreendido pela positiva, tanto na expansão do negócio como no aumento dos custos, aliado à descida superior ao antecipado dos pedidos de subsídio de desemprego, conhecidos esta quinta-feira, assim como o aumento dos custos com o emprego, calculados – em revisão – em níveis bem superiores ao anteriormente aferido e acima do previsto, colocaram o sentimento mais perto do campo ‘hawkish’, do que de uma pausa na próxima reunião da Fed", acrescentou.