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PSI-20 termina a pior semana desde janeiro. CTT, BCP e Galp tiraram mais de 650 milhões

A bolsa nacional terminou a semana com uma perda acumulada superior a 2,5%, com os três piores desempenhos a serem liderados pelos CTT, BCP e Galp. Na sessão desta sexta-feira, o PSI-20 perdeu mais do que os pares na Europa.

A bolsa portuguesa destaca-se com uma escalada de 20% em menos de mês e meio.
Miguel Baltazar
16 de Julho de 2021 às 16:41
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O índice PSI-20 terminou a sessão desta sexta-feira com uma perda acumulada de 2,76% nos últimos cinco dias, para fechar o dia de hoje, 16 de julho, nos 5.030,02 pontos. Esta foi a pior semana desde janeiro deste ano para a bolsa nacional. O Stoxx 600, índice que serve de referência para a Europa, caiu 0,8% no mesmo período.

As empresas que lideraram os piores desempenhos foram os CTT - Correios de Portugal, com uma queda de cerca de 13%, o BCP - Banco Comercial Português, que perdeu em torno dos 7,5% e a Galp Energia que desvalorizou 5,70%. Somando as perdas líquidas das três empresas, dá uma subtração de 658 milhões à capitalização total do índice português.

No caso dos CTT, a maior queda foi registada nesta sexta-feira (-11,21%), num dia em que o Barclays cortou a recomendação atribuída aos CTT de "equalweight" para "underweight". Durante a tarde, a cotação chegou a afundar mais de 14%, naquela que foi a maior desvalorização intradiária desde novembro de 2017.

A desvalorização semanal do BCP surge depois de na semana passada o banco liderado por Miguel Maya ter subido 5% na sexta-feira passada.

A Galp Energia, que hoje volta a desvalorizar 1,72% para os 8,46 euros, alinhou-se com a prestação do petróleo. O Brent, negociado em Londres e que serve de referência para Portugal, leva três semanas seguidas a perder força. Mas por cá, os preços dos combustíveis continuam a subir, numa semana agitada entre Governo e gasolineiras.

Apesar de terem sido estas as três piores prestações, em termos percentuais, o mesmo não se verifica em temos absolutos, sendo que há empresas com uma capitalização muito superior, como o clã EDP ou mesmo a Jerónimo Martins. 

Ainda do lado das quedas estiveram a Mota-Engil (-4,4%), a EDP Renováveis (-3,6%) e a EDP (-1%).

Semana acaba no "vermelho"

No meio desta perda semanal, a bolsa nacional terminou a sessão desta sexta-feira com um deslize de 1,58%, com as três cotadas acima mencionadas (CTT, BCP e Galp) a serem das que registaram maiores perdas também em temos diários.

A esta lista juntam-se as duas cotadas do setor da pasta e do papel, com a Navigator a descer 2,61% para os 2,91 euros por ação e a Altri a perder 2,38% para os 5,13 euros por ação.

Ainda assim, hoje o Santander elegeu a portuguesa Altri como a melhor cotada no setor, voltando a frisar a recomendação de "comprar" para as ações da fabricante de pasta de papel, antevendo uma recuperação de todo o setor na Europa, de acordo com uma nota a que o Negócios teve acesso.

Benfica e Greenvolt destacam-se entre os "outsiders"

Fora do PSI-20, o destaque vai para as ações do Benfica que hoje voltaram a disparar mais de 20% a meio da sessão, depois de a notícia avançada pelo Correio da Manhã que dava conta que o norte-americano John Textor teria vincado a vontade em comprar 25% da SAD encarnada a José António dos Santos, mais conhecido por "Rei dos Frangos". 

Mas o preço que Textor estava disposto a pagar por cada ação era de 8,60 euros, um valor que é mais do dobro face aos 4,14 euros que o Benfica registou no fecho de sessão (+15%). Para além da subida das ações, notou-se uma liquidez muito superior ao normal. Nesta sexta-feira foram negociadas quase 105 mil ações do Benfica, um número de compara com a média diária de cerca de 3.500 títulos transacionados nos últimos nove meses.

Ainda assim, a direção do Benfica anunciou que vai opor-se à venda de ações correspondentes a 25% da SAD encarnada a John Textor. Esta informação consta num comunicado enviado agora pelo clube da Luz, em que informa que a direção "declara considerar inoportuna esta operação, pelo que à mesma se oporá, no exercício dos seus direitos e deveres, caso esta matéria venha a ser sujeita a deliberação em Assembleia Geral de Acionistas da Benfica SAD".

A Greenvolt, subsidiária da Altri focada em energias renováveis, terminou esta sua segunda sessão na bolsa nacional a perder 2,92% para os 4,66 euros por ação. Ontem, a empresa liderada por João Manso Neto estreou-se com um ganho de perto de 13%, depois de ter escalado perto de 25% nos primeiros minutos de negociação. Ações encerraram 55 cêntimos acima dos 4,25 euros a que foram vendidas no IPO.
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