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PSI-20 com o pior terceiro trimestre desde 2015. BCP e Pharol caem mais de 25%

A bolsa nacional fechou o terceiro trimestre com uma queda superior a 3%, num período marcado por quedas muito pronunciadas do BCP e da Pharol.

30 de Setembro de 2019 às 17:38
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O terceiro trimestre do ano foi marcado por quedas avultadas na bolsa nacional. O PSI-20 recuou 3,19%, naquela que foi a queda trimestral mais acentuada desde o final do ano passado, período marcado por um "sell off" nos mercados mundiais. 

Para se encontrar um terceiro trimestre com uma queda mais elevada é preciso recuar até 2015, ano em que o principal índice nacional perdeu mais de 9% entre julho e setembro. 

E o grande destaque do trimestre foi o BCP, com uma queda muito próxima dos 30%. O período foi marcado pela apresentação de resultados do primeiro semestre, que elevaram as preocupações com o futuro, uma vez que as perspetivas apontam para que as margens se voltem a deteriorar. 



A contribuir para a queda do BCP estiveram também os receios em torno da subsidiária polaca, devido ao potencial impacto da conversão dos créditos hipotecários concedidos em francos suíços para zlótis.

Entretanto, o presidente do Bank Millennium, João Brás Jorge, afastou o cenário de o banco polaco ter de realizar uma provisão extraordinária para fazer face a perdas relacionadas com os empréstimos em francos suíços que foram concedidos aos seus clientes em resultado da decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia - o que ajudou o BCP a atenuar a queda, tendo registado uma subida de 1,17% nesta última sessão do mês.

Já na sexta-feira, os títulos do banco liderado por Miguel Maya registaram uma subida acentuada, depois de o banco central da Polónia ter garantido que o sistema bancário está preparado para a decisão da justiça europeia sobre os empréstimos em francos.

Com quedas acentuadas fechou também a Pharol, ao perder 26% no acumulado do trimestre. Grande parte desta queda foi registada ainda em agosto, mês marcado pela apresentação das contas da brasileira Oi, onde a Pharol detém uma posição de cerca de 5%. A operadora brasileira reportou uma queda nas receitas e um agravamento dos prejuízos no segundo trimestre.

Do lado oposto esteve a EDP Renováveis, ao subir mais de 9,5%, bem como a Jerónimo Martins, que se apreciou em mais de 9%, num mês marcado por várias notas de análise sobre a dona do Pingo Doce e da Biedronka. 

A bolsa nacional contrariou assim a tendência do resto da Europa, onde os índices fecharam o terceiro trimestre com valorizações. O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, terminou com uma subida de cerca de 2%, completando três trimestres consecutivos de ganhos, algo que já não acontecia desde o arranque de 2017.
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