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PSI-20 com maior ciclo de quedas desde setembro

A bolsa nacional está em queda há seis sessões consecutivas. Já as bolsas europeias estão a negociar em alta neste início de sessão.

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07 de Maio de 2019 às 08:11
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O PSI-20 abriu a sessão a desvalorizar 0,13% para os 5.294,41 pontos esta terça-feira, 7 de maio, prolongando a maior queda desde março registada ontem. A bolsa lisboeta segue em baixa pela sexta sessão consecutiva, o que representa o maior ciclo de quedas desde setembro do ano passado.

A bolsa nacional - que caminha para mínimos de um mês - contrasta assim com a tendência positiva das bolsas europeias depois de uma sessão dura para os mercados em que reagiram às declarações de Donald Trump. Ontem as bolsas norte-americanas, que têm negociado perto de máximos históricos, também caíram. Hoje, a bolsa japonesa, o Nikkei, voltou a negociar, após uma semana de paragem, registando uma queda de 1,5%. 

Em causa estiveram os dois anúncios que o presidente norte-americano fez no domingo. O primeiro passa pelo aumento da tarifa de 10% para 25% que é aplicada a um grupo de bens no valor de 200 mil milhões de dólares. O segundo passa pelo alargamento das tarifas (neste caso de 25%) aos restantes bens chineses que ainda não eram alvo de taxas aduaneiras no valor de 325 mil milhões de dólares. 

Apesar do tom de confronto, o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, decidiu, ainda assim, ir até Washington esta semana, tal como agendado, para mais uma ronda de negociações comerciais entre os dois países. Este é um sinal positivo de que ainda há margem de manobra para haver um acordo, apesar da pressão exercida por Trump. 

O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a cair 0,1% para os 386,58 pontos, acumulando duas sessões consecutivas de quedas. Contudo, a maior parte das praças europeias está a recuperar da sessão de ontem, excluindo o PSI-20. A animar a Europa poderá estar a subida das encomendas à indústria na Alemanha em março.

Na bolsa nacional, destaque especial para a Galp Energia e para a Jerónimo Martins, cotadas que estão a pressionar o índice nacional. Ambas as cotadas estão a descontar o dividendo hoje, ou seja, as ações detidas deixam de conferir direito à remuneração acionista já anunciada por conta dos resultados de 2018 e que começa a ser paga a partir de quinta-feira, 9 de maio.

A Galp desce 1,67% para os 14,465 euros e a Jerónimo Martins desvaloriza 0,63% para os 14,19 euros. Em ambas as cotadas, caso não fosse o efeito do dividendo, as ações estariam a subir e não a cair, o que poderia inverter o PSI-20 dado o peso da petrolífera e da retalhista na bolsa nacional.

No diário de bolsa, os analistas do BPI já antecipavam este desfecho: "O PSI-20 deverá abrir em baixa, essencialmente devido ao facto da Galp e da Jerónimo Martins negociarem sob a forma de ex-dividendo".

As restantes cotadas negoceiam maioritariamente em ligeira alta, como é o caso do BCP e do grupo EDP.

(Notícia atualizada às 8h25)
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