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PSI-20 cai pelo terceiro dia com apenas 3 cotadas a salvo da maré vermelha. JM dispara 4%
A bolsa nacional acompanhou o pessimismo da maioria dos índices europeus, com apenas três empresas a subir: a Galp, a Jerónimo Martins e a REN.
A bolsa nacional completou esta quinta-feira, 4 de março, a terceira sessão consecutiva de perdas, com o PSI-20 a desvalorizar 0,54% para 4.648,64 pontos. As perdas foram generalizadas, com apenas três cotadas a "salvo" da maré vermelha: a Galp, a Jerónimo Martins e a REN.
Na Europa, a maioria dos índices negoceia com sinal negativo, numa altura em que regressam as preocupações sobre as avaliações dos chamados "vencedores" da pandemia, juntamente com uma subida dos juros das obrigações soberanas.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desliza 0,36% para 411,95 pontos, penalizado sobretudo pelo setor da tecnologia, depois de o Nasdaq ter descido ontem para o nível mais baixo em dois meses.
A subida dos juros das obrigações do Tesouro dos EUA e da dívida alemã está a testar o apetite dos investidores por alguns segmentos de ações, como os vencedores da pandemia e ações defensivas, mas também alguns setores cíclicos que recuperaram nas últimas semanas com o otimismo em torno da reabertura da economia.
E os investidores aguardam hoje por mais detalhes da visão da Fed sobre este aumento recente dos juros, já que Jerome Powell participa esta quinta-feira num evento promovido pelo The Wall Street Journal e esse deverá ser um dos temas em cima da mesa.
Por cá, a EDP Renováveis e o BCP foram das cotadas que mais penalizaram o PSI-20, com quedas de 3,20% para 16,34 euros e 2,99% para 11,67 cêntimos, respetivamente.
Ainda na energia, a EDP desceu 0,9% para 4,509 euros e a Galp contrariou a tendência com uma subida de 2,63% para 9,996 euros, acompanhando a forte subida do petróleo nos mercados internacionais, depois de a OPEP ter decidido manter os níveis de produção.
A contrariar as perdas esteve também a Jerónimo Martins, que subiu 4,05% para 13,475 euros, com as ações a reagirem positivamente aos resultados na Polónia, onde os lucros do grupo aumentaram 6,7% para 13,4 mil milhões de euros no ano passado.
Este ganho em Varsóvia contrastou com os números globais da Jerónimo Martins que divulgou uma queda de 20% dos lucros para os 312 milhões de euros no mesmo período em análise.
Além destas, também a REN escapou às perdas com uma valorização de 0,22% para 2,28 euros.