Notícia
Promotores públicos italianos confiscam documentos da Moody’s e S&P
As duas agências norte-americanas de notação financeira estão a ser alvo de investigação no âmbito de um processo de averiguação de possível prática criminosa na forte queda da bolsa italiana no mês passado.
Em Milão, foram confiscados documentos das agências de "rating" norte-americanas Moody’s e Standard & Poor’s, no âmbito de um processo de averiguação de oscilações “anómalas” nos preços de algumas acções.
A medida destina-se a determinar se estas agências respeitam o quadro regulatório italiano, declarou à Reuters o magistrado Carlo Maria Capistro, do Ministério Público da cidade de Trani (Sul do país), que está a liderar o processo.
Os documentos foram confiscados nos escritórios de Milão de ambas as agências de notação financeira, segundo a mesma fonte. Capistro acrescentou que os promotores públicos solicitaram também ao regulador do mercado, Consob, para que forneça documentos relacionados com o registo destas agências em Itália.
A S&P já se pronunciou, dizendo que está convicta de que este processo não tem qualquer fundamento. “Defendemos veementemente o nosso trabalho, a nossa reputação e a dos nossos analistas”, referiu a agência em comunicado.
Quanto à Moody’s, referiu que “assume muito seriamente as suas responsabilidades no que diz respeito à divulgação de informação sensível para o mercado” e que está a cooperar com as autoridades.
Os promotores públicos de Trani abriram dois processos de averiguação – um para cada agência – depois de terem recebido queixas por parte de dois grupos de consumidores relativamente ao impacto, sobre as acções italianas, dos seus relatórios sobre a dívida de Itália.
A primeira queixa foi apresentada contra a Moody’s, depois de a agência ter publicado um relatório, em Maio de 2010, sobre o risco de contágio da crise grega aos bancos italianos, sublinha a Reuters.
A segunda queixa surgiu em Maio desde ano e teve como alvo a Standard & Poor’s, depois de esta ter ameaçado cortar o “rating” das obrigações soberanas de Itália devido à sua elevada dívida pública.
Os promotores públicos estão também a investigar se houve prática criminosa nos movimentos de venda de acções italianos nas sessões de 8 e de 11 de Julho, numa altura em que se intensificaram os receios de que Itália fosse contagiada pela crise da dívida.
Um dos grupos de consumidores queixosos diz que é preciso determinar se a forte queda da bolsa se deveu a “algum esquema por parte dos fundos de cobertura de risco [“hedge funds”] e de outros operadores não identificados que pudessem estar associados aos comentários negativos acerca das finanças públicas de Itália por parte das agências de notação financeira”, refere a Reuters.
No mês passado, o Consob reuniu-se com a Moody’s e com a S&P e instou ambas as agências a não publicarem os seus relatórios durante o horário de negociação da bolsa.
A medida destina-se a determinar se estas agências respeitam o quadro regulatório italiano, declarou à Reuters o magistrado Carlo Maria Capistro, do Ministério Público da cidade de Trani (Sul do país), que está a liderar o processo.
A S&P já se pronunciou, dizendo que está convicta de que este processo não tem qualquer fundamento. “Defendemos veementemente o nosso trabalho, a nossa reputação e a dos nossos analistas”, referiu a agência em comunicado.
Quanto à Moody’s, referiu que “assume muito seriamente as suas responsabilidades no que diz respeito à divulgação de informação sensível para o mercado” e que está a cooperar com as autoridades.
Os promotores públicos de Trani abriram dois processos de averiguação – um para cada agência – depois de terem recebido queixas por parte de dois grupos de consumidores relativamente ao impacto, sobre as acções italianas, dos seus relatórios sobre a dívida de Itália.
A primeira queixa foi apresentada contra a Moody’s, depois de a agência ter publicado um relatório, em Maio de 2010, sobre o risco de contágio da crise grega aos bancos italianos, sublinha a Reuters.
A segunda queixa surgiu em Maio desde ano e teve como alvo a Standard & Poor’s, depois de esta ter ameaçado cortar o “rating” das obrigações soberanas de Itália devido à sua elevada dívida pública.
Os promotores públicos estão também a investigar se houve prática criminosa nos movimentos de venda de acções italianos nas sessões de 8 e de 11 de Julho, numa altura em que se intensificaram os receios de que Itália fosse contagiada pela crise da dívida.
Um dos grupos de consumidores queixosos diz que é preciso determinar se a forte queda da bolsa se deveu a “algum esquema por parte dos fundos de cobertura de risco [“hedge funds”] e de outros operadores não identificados que pudessem estar associados aos comentários negativos acerca das finanças públicas de Itália por parte das agências de notação financeira”, refere a Reuters.
No mês passado, o Consob reuniu-se com a Moody’s e com a S&P e instou ambas as agências a não publicarem os seus relatórios durante o horário de negociação da bolsa.