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Pandemia a aumentar? Gigantes de Wall Street reforçam otimismo para ações
Os especialistas do Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley estão a reforçar a sua aposta em ações ligadas à retoma da economia, confiante que esta nova vaga da pandemia não vai inverter o ciclo de retoma.
As bolsas europeias interromperam, na semana passada, um ciclo de seis semanas consecutivas de ganhos, arrastadas pelos receios que os novos recordes de novas infeções de covid-19 conduzam a medidas de restrição mais apertadas, com impacto na economia. Apesar de alguns países já estarem a avançar com confinamentos, os grandes bancos de Wall Street mantêm-se confiantes e recomendam aos investidores que comprem ações com exposição à economia.
Alemanha, Áustria e Bélgica são alguns dos países onde as medidas de restrição para conter o ritmo de contágio da covid-19 estão de regresso, num momento em que os números estão a crescer em força. Uma situação que está a começar a pesar no sentimento dos investidores.
"Enquanto as últimas manchetes relacionadas com a covid criam alguma incerteza de curto prazo, não deverão sinalizar uma mudança significativa para o Outlook económico e para os resultados", argumenta Graham Secker, do Morgan Stanley, numa nota citada pela Bloomberg.
Por seu lado, os estrategos do JPMorgan Chase consideram que uma quarta onda da pandemia não deverá ser um problema material ou sustentado, mantendo, assim, a sua visão positiva para as ações europeias.
Em linha com os seus concorrentes, o Goldman Sachs recomenda aos investidores que reforcem a exposição a ações cíclicas, que beneficiam com a reabertura da economia.
Os analistas do gigante de Wall Street argumentam que enquanto por agora os números da pandemia estão a aumentar e a pesar nas ações mais expostas à economia, à medida que "a onda do inverno passa, os ventos contrários do vírus e da inflação descem", isto deverá dar um impulso às receitas e às margens das empresas mais expostas a estes desafios.
O Stoxx 600 valoriza 21,7% desde o início do ano, suportado pelas fortes subidas dos setores mais cíclicos. O setor da banca dispara mais de 34%, em 2021, seguido pelas empresas do setor automóvel, com uma valorização superior a 32%.