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Novabase dispara mais de 5% após venda de activos à Vinci
As acções da Novabase fecharam a subir quase 6% no dia em que a tecnológica anunciou a venda de activos aos franceses da Vinci.
A tecnológica Novabase fechou a sessão a subir 5,69% para 2,118 euros, tendo chegado a disparar 7,29% ao longo da sessão. Esta subida expressiva das acções esta quinta-feira, 13 de Outubro, coloca os títulos em terreno positivo no acumulado do ano, ainda que em apenas 0,19%.
A subida expressiva dos títulos foi acompanhada por uma elevada liquidez, tendo trocado de mãos 160.961 acções, quando a média diária dos últimos seis meses é de 7.604.
O comportamento das acções surge no dia em que foi noticiado que a Novabase vendeu activos à Vinci.
A venda da participação, de acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), ocorreu esta quarta-feira e representará um encaixe de 38,365 milhões de euros sujeito a ajustamentos.
Passam assim para a esfera da Vinci Energies duas novas sociedades para onde será transferido o negócio Novabase IMS, actualmente desenvolvido pela Novabase Digital TV e Novabase Serviços e que emprega 400 colaboradores.
A operação depende ainda de autorizações, incluindo a não oposição da Autoridade da Concorrência. Além da venda, Vinci e Novabase são parceiras para promover as suas soluções nos mercados onde operam.
A integração do negócio IMS (comprado à General Electric) aumentou de 33 para 104 milhões de euros o volume de negócios entre 2003 (altura da compra) e 2015.
"Este é mais um passo no reposicionamento que temos vindo a fazer nos últimos anos, permitindo-nos acelerar a internacionalização com meios reforçados," afirma o presidente da Novabase, Luís Paulo Salvado (na foto).
Já Julio de Almeida, responsável da Vinci Energies nesta região da Europa, defende que a compra "é a oportunidade para ampliar a nossa cobertura geográfica de forma sustentada na Europa e em África, bem como reforçar o portfólio de soluções da Axians," a marca da Vinci Energies para as tecnologias de informação e comunicação.
A Axians factura 1.700 milhões de euros em 15 países e emprega 8.000 pessoas.
De acordo com o site da Vinci Energies, a empresa chegou a Portugal em 2005 através da Sotécnica e de três empresas participadas: Sotubar, Actemium e Teclux.