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Netflix transforma Nasdaq em estrela. Índices crescem após três dias de perdas

Os resultados da Netflix, os despedimentos da Alphabet, as investigações ao Goldman e as declarações de Christopher Waller, membro da Fed, foram os temas que mais marcaram o sentimento do mercado durante a sessão desta sexta-feira.

Reuters
Fábio Carvalho da Silva fabiosilva@negocios.pt 20 de Janeiro de 2023 às 21:22

Wall Street gostou do que viu nos (bons) resultados da Netflix e ficou agradada com as mais recentes notícias sobre despedimentos da Alphabet (que implica redução de custos), mas foi em Times Square, onde está localizado o Nasdaq, que se fez a festa.

O industrial Dow Jones somou 1% para 33.375,49 pontos enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) valorizou 1,89% para 3.972,61 pontos, após três consecutivos de perdas. Já o tecnológico Nasdaq Composite arrecadou 2,66% para 11.140,44 pontos, depois de dois dias a negociar em terreno negativo.

A Netflix terminou a sessão a subir 8,46%, depois de ter escalado quase 9% durante o dia, alcançando máximos de abril de 2018. 

A plataforma norte-americana, que fornece um serviço de "streaming" de filmes e séries de televisão, e que chegou a Portugal em outubro de 2015, conseguiu angariar mais 7,7 milhões de subscritores no quarto trimestre – acima da previsão inicial, que apontava para os 4,5 milhões.

Em termos financeiros, a receita aumentou quase 2% em termos homólogos para 7,85 mil milhões de dólares. Já o lucro afundou 90% face ao mesmo período do ano anterior, para 55 milhões de dólares.

Além dos resultados, o dia de ontem serviu para revelar que Reed Hastings, que até agora partilhava com Ted Sarandos a presidência executiva da Netflix, vai deixar o seu cargo - que ficará agora nas mãos do diretor operacional e de produto da empresa de "streaming", Greg Peters - e passará a "chairman" executivo.

Os investidores estiveram ainda atentos às ações da Alphabet, que somaram 5,34%, depois de a empresa-mãe da Google ter anunciado uma vaga de despedimentos de 12 mil trabalhadores.

Do lado das perdas, o Goldman Sachs deslizou 2,51%, após ter sido noticiado que a Reserva Federal norte-americana (Fed) está a investigar a unidade de consumo da instituição, para perceber se o banco acionou as devidas salvaguardas quando acelerou os empréstimos ao consumo.

O mercado está ainda a digerir as declarações de Christopher Waller, membro do conselho de governadores da Fed, o qual afirmou  que o banco central pode estar "muito próximo" de um nível em que as taxas de juro já estejam num patamar "suficientemente restritivo".

No mesmo dia, deste lado do Atlântico, a presidente do BCE, Christine Lagarde, frisou a necessidade de manter a política monetária restritiva da instituição.

A sessão foi ainda agitada pelo vencimento de 180 milhões de opções - instrumentos financeiros derivados sobre ações, que expiram esta sexta-feira. 

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