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Nasdaq cai, reergue-se, escapa à maré vermelha e vai a recordes com ajuda da Amazon
As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em baixa, com exceção do Nasdaq, que foi beneficiado pela escalada de quase 5% da Amazon.
O índice Dow Jones encerrou a sessão desta terça-feira a ceder 0,59%, para se fixar nos 34.577,37 pontos, depois de na passada sexta-feira ter atingido máximos de 7 de junho.
Na sessão de ontem, as bolsas dos EUA não negociaram devido à comemoração do Dia da Independência.
Já o Standard & Poor’s 500 recuou 0,20%, terminando o dia a negociar nos 4.343,54 pontos.
Se o S&P 500 tivesse encerrado a subir, marcaria o seu oitavo recorde consecutivo de fecho e igualaria o recorde de há 24 anos – pois a última vez que o S&P 500 teve uma série tão longa de recordes de fecho foi em junho de 1997, quando estabeleceu oito máximos seguidos.
Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,17% para 14.663,64 pontos, o que representou um recorde de encerramento de sessão. Na negociação intradiária tocou no valor mais alto de sempre: 14.687 pontos.
Wall Street tem estado em ebulição nas últimas semanas, com vários recordes sucessivos nos índices, mas hoje acabou por mudar a tendência.
Segundo a CNN, não ficou muito claro o que terá afastado os investidores, mas as ações de setores cíclicos, que beneficiam quando a economia está a ter um bom desempenho, foram mais penalizadas esta terça-feira.
O Nasdaq chegou a estar também a negociar em queda, com os ADR (American Depositary Receipts) das cotadas chinesas a liderarem as perdas. Isto depois de Pequim ter alargado a sua investigação a tecnológicas chinesas – depois da Didi, investiga agora mais três grandes empresas de serviços tecnológicos –, citando receios em torno da segurança dos dados nacionais. Essas empresas estrearam-se recentemente no Nasdaq.
Os ADR, recorde-se, são certificados de depósito representativos, nos EUA, de acções de empresas estrangeiras (que são negociadas em bolsa no país de origem), transaccionados em bolsas norte-americanas como se de acções se tratassem.
A Amazon teve a melhor performance do S&P 500 e do Nasdaq, a subir perto de 5%, ajudando ao impulso do índice tecnológico, isto no dia em que se soube que poderá vir a conseguir um contrato de serviços na cloud com o Pentágono, depois de este ter cancelado um contrato gigantesco adjudicado em 2019 à Microsoft e que nunca chegou a avançar – estando agora desatualizado – devido às queixas da Amazon em tribunal por alegado desfavorecimento.
O Pentágono vai agora lançar um novo concurso e admite que possa adjudicar o contrato a várias tecnológicas, incluindo a Microsoft e a Amazon. Mas isso não impediu a Microsoft de perder terreno, já que viu desaparecer um contrato de 10 mil milhões de dólares.