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Mota-Engil e BCP avançam no quinto dia de valorizações da Bolsa de Lisboa
Lisboa acompanhou os ganhos da Europa e conseguiu fechar no verde. O BCP e a Mota-Engil ganharam e puxaram pelo índice. Mesmo assim, houve grandes empresas a fechar em baixa: EDP, Galp, Jerónimo Martins, Nos e CTT.
A Bolsa de Lisboa apenas recuou em uma das últimas 14 sessões. Esta quarta-feira, 27 de Setembro, não foi excepção: o principal índice da praça nacional encerrou no verde, num dia de ganhos expressivos para a Mota-Engil e para o BCP.
Apenas cinco empresas subiram mas, mesmo assim, o PSI-20 encerrou a ganhar 0,32% para 5.333,61 pontos. Foi o quinto dia consecutivo de avanços, que levou o índice para o valor mais alto em três meses.
As bolsas europeias negociaram também esta quarta-feira em alta, sobretudo Madrid, cuja valorização chegou a ser próxima de 2%, mesmo apesar das incertezas do referendo para a independência da Catalunha, com data marcada para 1 de Outubro e que tem levado a um diferendo com o governo central.
Os mercados europeus ganharam de uma forma ligeiramente mais expressiva que as praças americanas. Nos EUA, há duas ideias a marcar a evolução das acções: por um lado, Donald Trump deverá anunciar esta quarta-feira a reforma fiscal, que deverá passar pela descida do imposto para as empresas e famílias; por outro, a convicção de que a Reforma Federal norte-americana vai subir os juros em Dezembro.
BCP em máximos de um mês
Em Lisboa, a maior parte das cotadas do PSI-20 (10 das 18) caíram, mas a força das subidas – e o facto de uma delas ser o BCP, que tem um grande peso no desempenho do índice – justificou que o índice tenha valorizado.
O BCP avançou 4,08% para valer 23,98 cêntimos, fechando na cotação mais elevada em mais de um mês. O valor por acção foi aumentando ao longo deste dia em que a presidente do Mecanismo Único de Supervisão, Danièle Nouy, afirmou que tem de haver mais fusões e aquisições na banca europeia – aliás, as subidas em Espanha foram sobretudo de empresas do sector financeiro.
Mota-Engil dispara com contratos
A marcar uma valorização expressiva esteve, igualmente, a Mota-Engil, que encerrou a valer 3,10 euros por acção, um ganho de 7,01% face ao fecho de ontem. A empresa fechou dois contratos em Moçambique e Angola que, à cotação actual, valem 430 milhões de euros. As adjudicações foram bem-vistas pelos analistas.
Em alta encerraram, também, a Pharol, que ganhou 2,04% para 0,35 euros, a Semapa, com um ganho de 0,55% para 15,44 euros, e ainda a Alti, com um avanço de 0,72% para 4,205 euros. De resto, o desempenho ou foi neutro ou negativo.
Dez empresas em queda
Foram dez as empresas que recuaram na bolsa nacional, incluindo pesos pesados. A Galp Energia, que hoje está a participar em leilões de petróleo no Brasil, cedeu 0,96% para 14,925 euros, afastando-se do máximos de 2011 que ontem registou.
Na energia, a EDP cedeu 0,34% para 3,203 euros, sendo que a Renováveis perdeu 0,21% e acabou o dia a valer 7,183 euros. Uma nota negativa nas comunicações para os CTT, que cederam 1,45% para 5,018 euros, e para a Nos, cuja queda de 1,31% levou os títulos a uma cotação de 5,194 euros.
A Jerónimo Martins, que abriu um novo centro logístico em Portugal, cedeu 0,67% para 16,395 euros. A Sonae fechou a cotar em 1 euro, ao perder 0,10%.
Cimpor já não está cotada
Fora do PSI-20, também houve destaques. A Cimpor deixou de estar cotada, já que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) aprovou a perda da qualidade de sociedade aberta, como pedido pela sua accionista InterCement, da Camargo Corrêa. A última cotação foi registada ontem: 36 cêntimos. A compra de acções aos accionistas que não votaram favoravelmente aquela decisão - e que quiserem vender - vai ser feita a 34 cêntimos por acção.
Nos media, também houve destaques. A Cofina (dona do Negócios) ganhou 13,94% para 0,474 euros, fixado-se em máximos de Novembro de 2015, enquanto a Impresa somou 1,68% para 0,303 euros.
(Notícia actualizada às 16:55 com mais informações)