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Maior hedge fund do mundo aumenta aposta na queda das acções europeias
A Bridgewater Associates revelou que constituiu uma posição curta de mil milhões de dólares na alemã Siemens. A aposta na queda das acções europeias já ascende a 14 mil milhões de dólares.
A Bridgewater Associates tem uma posição de 14 mil milhões de dólares a apostar na queda de diversas acções europeias, um valor bem superior ao verificado anteriormente e que multiplica por quatro o montante verificado há apenas um mês.
Esta soma surge depois daquele que é o maior hedge fund do mundo ter revelado que tem uma posição curta (que beneficia com a queda dos títulos) na alemã Siemens no valor de mil milhões de dólares. É esta agora a maior aposta "short" da Bridgewater Associates, na Europa.
De acordo com a lista divulgada pela Bloomberg, as apostas curtas ascendem a 1.000 milhões de dólares na francesa Total, 790,9 milhões de dólares no banco italiano Intesa Sanpaolo, 747,95 milhões no espanhol Santander, 692,67 milhões na italiana Enel e 656,22 milhões na petrolífera italiana Eni. A Sanofi, o BNP Paribas,o ING Groep e a ASML são as quatro cotadas europeias que fecham o ranking das 10 principais apostas "short" do Bridgewater Associates.
Com este aumento considerável da aposta na queda das acções europeias, este hedge fund terá realizado ganhos potenciais consideráveis nas últimas duas semanas, pois neste período as cotadas europeias (e mundiais) registaram desvalorizações acentuadas. As desvalorizações na semana passada foram as mais fortes em dois anos. Hoje os mercados europeus estão hoje recuperar, acumulando ainda assim uma queda de 4% desde o arranque de 2018.
O Bridgewater Associates tem até aqui apostado sobretudo na desvalorização da bolsa italiana, assumindo posições curtas em várias das principais cotadas da praça de Milão, por acreditar que as eleições legislativas agendadas para Março vão aumentar a instabilidade do país. Este investidor estima que não haverá um claro vencedor das eleições, o que evidenciará a incapacidade do país em produzir as necessárias reformas económicas. Em termos de sectores, a preferência para assumir posições curtas vai para a energia, indústria e construção.
Rau Dalio, fundador da Bridgewater Associates, alertou em Davos (antes de as bolsas começarem a cair com força) que a desvalorização do dólar estava a estimular um já estimulado mercado global, antecipando que a próxima viragem económica estaria para breve.