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Ray Dalio aponta para probabilidade de 70% de uma recessão nos EUA antes de 2020

O fundador do maior hedge fund do mundo diz que os Estados Unidos estão num estágio pré-bolha, que poderá evoluir brevemente.

Raymond Dalio, Bridgewater Associates. O fundador da Bridgewater Associates ganhou 1,4 mil milhões de dólares. O gestor especializou-se em lucrar com a alteração das tendências macroeconómicas e, através dos modelos que desenvolve, previu em 2007 a crise financeira de 2008, conseguindo lucrar num dos momentos mais críticos para os mercados financeiros.
Lucy Nicholson
23 de Fevereiro de 2018 às 16:20
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Ray Dalio, fundador do maior hedge fund do mundo, o Bridgewater Associates, acredita que há uma probabilidade muito elevada de a economia dos Estados Unidos entrar em recessão antes da próxima eleição presidencial, em 2020.

O bilionário investidor diz que a economia norte-americana não está actualmente numa bolha, mas poderá atingir esse estágio.

"Penso que estamos num estágio pré-bolha, que poderá transformar-se numa bolha … A probabilidade de uma recessão antes da próxima eleição presidencial é relativamente alta, talvez de 70%", afirmou Dalio, na Harvard Kennedy School’s Institute of Politics, citado pela Reuters.

No mesmo evento, Lawrence Summers, antigo secretário de Estado do Tesouro dos Estados Unidos perguntou ao fundador da Bridgewater que conselho daria aos investidores que foram apanhados no recente episódio de turbulência nos mercados, depois de anos de ganhos estáveis.

À questão, Ray Dalio respondeu que os investidores não devem entrar em pânico, acrescentando que, provavelmente, devem comprar quando estão assustados e vender quando não estão.

"O maior erro do investidor individual é pensar que um mercado que se saiu bem é um bom mercado, em vez de um mercado mais caro", apontou.

Segundo a Reuters, Dalio recusou-se a comentar o portefólio da Bridgewater e afirmou que muitos dos movimentos do fundo podem facilmente ser mal interpretados, incluindo as recentes apostas na queda de uma série de acções europeias. "Não atribuam nenhum significado a isso. Provavelmente serão induzidos em erro", avisou.

A Bloomberg revelou em meados deste mês que a Bridgewater Associates tem uma posição de 14 mil milhões de dólares a apostar na queda de diversas acções europeias, um valor bem superior ao verificado anteriormente.

As apostas curtas ascendiam a 1.000 milhões de dólares na francesa Total, 790,9 milhões de dólares no banco italiano Intesa Sanpaolo, 747,95 milhões no espanhol Santander, 692,67 milhões na italiana Enel e 656,22 milhões na petrolífera italiana Eni. O ranking das 10 principais apostas "short" do Bridgewater Associates incluía ainda a Sanofi, o BNP Paribas,o ING Groep e a ASML.

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